O mercado de crédito brasileiro aguarda com grande expectativa a implementação total do Open Banking. Até o momento já foram implementadas duas fases, e a terceira está prevista para iniciar em 29 de outubro.
A promessa é que o compartilhamento de informações gere mais competitividade entre os bancos. Mais contratos aprovados, menores taxas no longo prazo e aprimoramento das ofertas de produtos e serviços.
Através do Open Banking os clientes poderão pedir para suas instituições financeiras compartilharem seus dados, se assim desejarem, por meio dos aplicativos já existentes das próprias instituições. Ou seja, não se trata de um novo aplicativo nem de um novo produto.
Segundo o Banco Central, o compartilhamento das informações só poderá ser realizado com a autorização do cliente e se for informada a finalidade e o prazo de uso dos dados. O usuário também tem direito de cancelar a qualquer momento.
Através da segunda fase, os bancos vão perder a exclusividade de fazer ofertas financeiras para seus correntistas, visto que outras instituições também poderão ter acesso às informações e oferecer propostas de crédito mais competitivas.
Na terceira fase está previsto o compartilhamento do serviço de iniciação de transação de pagamento e o encaminhamento de proposta de operação de crédito entre instituições financeiras. Ficará mais fácil comparar taxas, prazos e outras condições de crédito.
Em outras palavras, será possível aos clientes acessar os serviços de pagamento e solicitar empréstimos fora do aplicativo do banco. Bem como compartilhar o seu histórico de informações financeiras ou ainda, autorizar um correspondente bancário a enviar uma proposta de crédito para o banco de sua preferência.
Com o sistema aberto, as negociações com outros bancos serão facilitadas, pois todas as instituições terão acesso às informações, como histórico de pagamentos, crédito e extrato, entre outros, mesmo que os clientes não sejam correntistas.
Ou seja, o compartilhamento de informações será um grande aliado no processo de quitação de dívidas se feito de forma estratégica e consciente.
É importantíssimo que seja feito um levantamento de todos os documentos tais como contratos, extratos de evolução de dívida e demais informações que possam auxiliar nas negociações.
O mercado ficará muito mais competitivo e será muito mais fácil trocar dívidas com taxas mais caras por outras com taxas mais baratas.
O Open Banking acarretará em um processo de análise de risco de crédito muito mais personalizado e adequado à real situação financeira do cliente.
Os dados de clientes inadimplentes continuarão sendo computados pelos órgãos de restrição ao crédito até que a dívida seja paga. Mas os clientes terão a chance de mostrar todo seu histórico de relacionamento com outros bancos e até mesmo conseguir negociações mais vantajosas.