Itens da cesta básica que podem ser comprados com o valor do auxílio emergencial

As parcelas do auxílio emergencial 2021 são de valores variáveis, conforme a composição familiar. Porém, a média de pagamento é de R$ 250. No ano passado, os valores eram de R$ 600 e depois passou a ser de R$ 300, na parcela extensão. Com essa diminuição é impossível comprar todos os alimentos que compõem uma cesta básica.

Itens da cesta básica que podem ser comprados com o valor do auxílio emergencial
Itens da cesta básica que podem ser comprados com o valor do auxílio emergencial (Imagem: AJN1)

A cesta básica no Brasil, com os itens básicos para a sobrevivência está, em média, por R$ 560. A cesta básica é composta por 13 alimentos, desde proteína a condimentos: carne, leite, feijão, arroz, farinha, batata, tomate, pão, café, banana, açúcar, óleo e manteiga. Esses itens são para as três principais refeições.

No ano passado, o auxílio emergencial pagou parcelas de R$ 600 e possibilitando acumular até dois beneficiários por residência. Porém, neste ano, a média de pagamento caiu para R$ 250, sendo que há valores menores.

O auxílio emergencial 2021 possui três tipos de parcelas, sendo cada uma destinada para um público específico. Quem mora sozinho e foi contemplado está recebendo R$ 150. As famílias compostas por duas pessoas ou mais recebem R$ 250, sem possibilidade de acumular.

Por fim, a parcela de maior valor está sendo paga as mulheres solteiras que chefiam as casas. Nessa situação essas recebem R$ 375, bem abaixo dos R$ 1.200 do ano passado. Com essas quantias só é possível comprar parte dos itens que compõem a cesta básica.

Dessa maneira, as famílias em situação de vulnerabilidade social precisam optar entre os 13 itens considerados essenciais para o desenvolvimento físico e mental. Para piorar a situação, a cesta básica sofre com a inflação, fazendo-a elevar 16,9% nos últimos doze meses.

De acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), com o valor médio pago no auxílio emergencial é possível comprar apenas 23% da cesta básica.

Dessa maneira, para manter o poder de compra seria necessário aumentar o auxílio para R$ 600, como no ano passado. Porém, é importante lembrar que a cesta chega a custar mais de R$ 600 em muitas capitais brasileiras.

Sendo assim, o ideal seria que o auxílio fosse de R$ 700, garantindo a compra dos itens essenciais em todo o território brasileiro. No mês de agosto, a cesta mais cara foi encontrada foi em Porto Alegre custando R$ 664,67.

Glaucia Alves
Formada em Letras-Inglês pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Atuou na área acadêmica durante 8 anos. Em 2020 começou a trabalhar na equipe do FDR, produzindo conteúdo sobre finanças e carreira, onde já acumula anos de pesquisa e experiência.