Pelas redes sociais, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Zetta, associação fundada pelo Nubank, têm trocado acusações. A discussão vem acontecendo por conta das tarifas cobradas pelos bancos digitais e pelos grandes bancos do país.
Na semana passada, a Zetta havia alfinetado os grandes bancos por conta do aumento de tarifas. A associação fundada pelo Nubank utilizou uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Defasa do Consumidor (Idec). Esta indica que a maior parte das tarifas avulsas dos cinco maiores bancos aumentou acima da inflação.
O período analisado foi entre junho do ano passado e julho deste ano. Por outro lado, foi indicado que as fintechs teriam mantido as taxas inalteradas, conforme publicação no Twitter.
Como resposta, pelo LinkedIn, a Febraban afirmou que o Nubank cobra juros maiores dos seus clientes do que a média dos cinco ou dez grandes bancos do país.
De acordo com a Febraban, as fintechs pagam muito menos impostos que os bancos — que pagam 45% sobre lucro, sendo 25% de Imposto de Renda e 20% de CSLL. Já as fintehcs seriam taxadas em 9%.
Também foi citado que os bancos geram mais de meio milhão de empregos e possuem mais exigência. Por outro lado, a federação alegou que as fintechs não precisam seguir as determinações para contratação de bancários.
“Não temos vergonha de sermos bancos, muito ao contrário, e também não nos escondemos atrás de letras, marketing e grifes”, afirma Isaac Sidney, presidente da Febraban.
Resposta do Nubank sobre acusações da Febraban
Na manhã desta terça-feira (21), a Zetta postou em seu LinkedIn lamentando que os bancos não queiram discutir tecnicamente o aumento das tarifas bancárias acima da inflação — e tentam confundir a opinião pública.
Ao longo da resposta, a associação fundada pelo Nubank alegou que as fintechs contam com, em média, um juro menor de cartão do que os grandes bancos, e pagam mais impostos.
A Zetta também informa que os bancos digitais não possuem a prerrogativa de pegar dinheiro dos depósitos à vista e emprestar — obtendo dinheiro em cima do dinheiro do cliente — contam com exigência maior de capital. Apesar disso, a associação ressalta que as fintechs não cobram tarifas dos clientes.