PIX Saque e Troco serão lançados em 29 de novembro; mudanças anunciadas

Pontos-chave
  • PIX Saque e Troco ficam disponíveis em novembro;
  • No PIX Saque será possível realizar saques em dinheiro em pontos comerciais;
  • Novos serviços não são obrigatórios para os estabelecimentos.

Nesta quinta, 2, o Banco Central anunciou que as duas novas funcionalidades do PIX, o Saque e Troco, estarão disponíveis no dia 29 de novembro deste ano. As novidades integram a agenda evolutiva do sistema desenvolvido pelo BC. Conheça os detalhes. 

PIX Saque e Troco serão lançados em 29 de novembro; mudanças anunciadas
PIX Saque e Troco serão lançados em 29 de novembro; mudanças anunciadas (Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

O chefe do Decem (Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro), Ângelo Duarte, disse que o PIX Saque e Troco serão novos serviços para os usuários do sistema.

“A ideia é dar mais conveniência, para que o cliente tenha acesso facilitado ao dinheiro em espécie”, explicou.

O BC aposta que as novidades apresentadas serão utilizadas pelos estabelecimentos para trazer diferenciais para os seus consumidores.

Novas funções 

Esta função permitirá que os usuários de qualquer instituição que participa do PIX efetuem saques em dinheiro em um dos pontos que oferecem o serviço. 

Este serviço é válido para estabelecimentos comerciais, redes de caixas eletrônicos compartilhados e participantes do PIX com caixas eletrônicos próprios.

Para utilizar a novidade, o cliente deve fazer um Pix para o agente de saque, de maneira parecida à uma transferência normal, a partir da leitura de um QR Code mostrado ao cliente ou no aplicativo.

Nesta função, o processo é bem parecido. A diferença é que o saque em espécie pode ser feiro durante o pagamento de uma compra em algum estabelecimento.

Já nesta modalidade, o Pix é feito pelo valor total (compra + saque). No extrato do cliente é possível conferir o valor correspondente ao saque e ao valor de sua compra.

Oferta opcional 

Os estabelecimentos não serão obrigados a oferecer os novos serviços aos usuários, mesmo em casos que o PIX comum já seja ofertado. Desta forma, cada local poderá definir se as novas funções são ou não benéficas para seu negócio.

Limite 

As transações através das novas funções terá o limite de R$500 durante o dia e de R$100 entre às 20h e às 6h. Estes valores são somatórios.

Os estabelecimentos e instituições podem definir valores menores que o estipulado, caso julguem necessário. Também fica a critério de cada local escolher o horário de oferta das novidades e notas que serão disponibilizadas.

O período até o lançamento oficial em 29 de novembro, segundo o BC, será reservado para testes, para que o funcionamento aconteça sem problemas.

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PIX (Imagem: Divulgação/C6 Bank)

Custo zero para os consumidores 

Por enquanto, as novas funções não terão cobrança de tarifa para usuários pessoas naturais e nem para MEIs (Microempreendedor Individual) em até oito operações por mês. Ao ultrapassar este limite, valor de cobrança será definido pelo banco do usuário que fizer o Pix Saque.

Todas as instituições que atendem pessoas físicas e MEIs devem oferecer a possibilidade do PIX saque ou Troco para os clientes. 

A respeito da possibilidade das novas modalidades estimularem a maior circulação de notas no sistema financeiro, Brandt disse que o Banco Central entende que facilidade de sacar valores de forma gratuita acaba incentivando as pessoas a realizarem pagamentos de maneira digital.

“Mas ela saberá que, se precisar do dinheiro, terá acesso facilmente em diversos estabelecimentos. Acreditamos que se ela não tiver essa tranquilidade, poderá sacar valores maiores e guardar fora do sistema digital para, quando aparecer a situação que precise de dinheiro em espécie, tenha em mãos por precaução. E não queremos isso. Afinal, muitas vezes essa situação nem acontece e a pessoa fica com o dinheiro em casa”, explicou.

Segurança 

Por fim, o BC ressaltou que as novas modalidades também são seguras e obedecem as normas de segurança do serviço.

“O prestador de serviço de saque deverá avaliar a necessidade de estabelecer limites transacionais aos agentes de saque, de acordo com dados como perfil, localização, horários e outros critérios de segurança, por exemplo”, finalizou Duarte.

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Paulo AmorimPaulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.
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