Bolsonaro afirma ter interesse de renovar o auxílio emergencial. Nessa semana, o presidente da República informou que não descartar a possibilidade de manter o benefício em 2022. De acordo com ele, o ministro da economia, Paulo Guedes, irá avaliar a necessidade de uma nova prorrogação. A informação, no entanto, não foi bem vista por sua equipe.
Cada vez mais preocupado com sua agenda social, o presidente Jair Bolsonaro vem tentando implementar uma série de políticas públicas sociais.
Cada vez mais o governo bolsonarista tem falado sobre Auxílio Brasil, que deverá substituir o atual Bolsa Família. Mas o presidente afirma ainda ter o interesse de prolongar o auxílio emergencial.
De acordo com a imprensa, o objetivo de um relançamento do auxílio estaria ligado a baixa popularidade de Bolsonaro. Devido a alta no valor da gasolina, cesta básica, conta de luz e outros itens indispensáveis para o brasileiro, as intenções de voto para as eleições 2022 caíram.
Segunda a pesquisa realizada pela Quaest Consultoria, após recomendação da Genial Investimentos, a avaliação positiva do atual governo caiu de 26% para 24% em trinta dias. O resultado foi divulgado no dia 1º de setembro.
O que diz a equipe econômica?
Apesar do suposto interesse de Bolsonaro de manter o auxílio emergencial, a medida não foi aprovada pelo ministério da economia. Fontes internas da administração pública alegam que não há verba o suficiente para manter o benefício.
Diante das afirmações, as especulações é de que Bolsonaro vem afirmando a extensão apenas para tentar reverter sua queda de popularidade e aceitação entre o eleitorado de baixa renda.
Isso porque, ao longo dos últimos meses as pesquisas revelam que mais de 55% dos brasileiros não apoiam seu governo.
Auxílio emergencial como estratégia eleitoral
Para Bolsonaro, manter o projeto pode significar ganhar parte dos votos daqueles que atualmente estão sendo beneficiários. Além disso, a implementação do auxílio Brasil também surge como uma tentativa de dialogar com os cidadãos de baixa renda.
Não se sabe, até então, se o atual chefe de estado terá sucesso em suas estratégias. Isso porque, o valor do auxílio emergencial, que varia entre R$ 150 e R$ 375, é totalmente insuficiente para manter as despesas dos beneficiários.
Os levantamentos do Dieese afirmam que hoje uma família de quatro pessoas precisa receber ao menos R$ 4 mil para garantir seus direitos básicos.
A principal causa desse cenário é a atual inflação, onde a cesta básica vem sendo vendida por R$ 1 mil, o botijão de gás está acima dos R$ 90 e a gasolina superou os R$ 7.
A previsão é de que a possível extensão do auxílio emergencial e a adoção do auxílio Brasil ocorra apenas a partir de novembro.