- Preço do etanol sobe em 21 estados do Brasil;
- O valor médio do etanol cresceu 2,23% na semana;
- Aumento na gasolina deve continuar.
Em 21 estados do Brasil, o preço médio do etanol hidratado subiu na última semana, segundo o levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). Outros cinco estados registraram queda nos preços. O Distrito Federal não foi incluído na pesquisa.
Nos postos que foram pesquisados pela Agência em todo o Brasil, o valor médio do etanol cresceu 2,23% na semana em comparação com a semana anterior. Indo de R$4,399 para R$4,497 o litro.
São Paulo que é o maior produtor e consumidor e que teve mais postos incluídos na pesquisa. O etanol hidratado está custando em média R$4,262 o litro, representando um crescimento de 2,38% ante a semana anterior em que foi registrado R$ 4,163.
O menor preço encontrado na pesquisa desta semana para o etanol foi em São Paulo com R$3,449 o litro. Já o menor preço médio estadual também foi registrado em São Paulo com R$4,262.
O maior preço encontrado pela pesquisa foi de R$6,899 o litro em um posto do Rio Grande do Sul. O estado também foi responsável pelo maior preço médio estadual com R$5,917.
O valor médio do biocombustível no país na comparação mensal, cresceu 4,05% indo a R$4,322. A maior alta do período foi registrada no Amazonas, onde o litro ficou 9,06% mais caro no mês. Já no levantamento semanal, a maior alta de preço foi registrada também no Amazonas, com avanço de 8,49%, para R$ 5,352 o litro.
Competitividade da gasolina
Na semana passada, o preço da gasolina se mostrou mais competitivo do que do etanol em todos os estados, segundo o levantamento.
Os critérios consideram que o etanol de cana ou de milho, por possuírem um menor poder calorífico, tenha um preço máximo de 70% do derivado de petróleo nos postos para ser classificado como vantajoso.
O etanol está com paridade de 75,50% em comparação com a gasolina, na média dos postos pesquisados pelo Brasil.
Aumento na gasolina deve continuar
A notícia não é agradável, mas, o preço da gasolina deve continuar crescendo nos próximos meses. De acordo com analistas de mercado, a gestão Silva e Luna que prioriza os investimentos no pré-sal e que busca melhorar os resultados financeiros com acionistas é tida como positiva por uma parcela do mercado.
Claro que isso inclui desinvestimentos e um preço mais “competitivo” da gasolina diante do mercado exterior.
De acordos com o professor Sandro Maskio, coordenador de estudos do Observatório Econômico da Universidade Metodista da São Paulo (Umesp), o crescimento nos preços do combustível no curto prazo é causada em decorrência da política da Petrobras de monitorar os preços internacionais.
Bolsonaro culpa os governadores
“Gasolina. Tá barata. Custa R$ 1,95 na refinaria. Chega a R$ 6,00 ou R$ 7,00 na ponta. Vamos ver ao longo do caminho o que fica caro”, disse o presidente sobre o preço da gasolina.
O presidente vem culpando os governadores e a alta do ICMS (Circulação de Mercadorias e Serviços) pelos altos valores da gasolina e do botijão de gás nas última semanas. Ele diz que como os impostos federais foram zerados, o superfaturamento dos insumos é culpa dos gestores estaduais.
O chefe do Executivo já havia falado sobre esta questão recentemente. “Hoje muitos reclamam com razão do preço do botijão de gás, na casa dos R$ 130. Realmente é um absurdo, mas [vou] dizer a vocês que o botijão de gás custa na origem R$ 45 e o governo federal, simplesmente, zerou o imposto federal para o gás de cozinha”, afirmou.
O repasse dos reajustes de preço nas refinarias para os consumidores finais nos postos não é garantido, pois depende de várias questões, como margem da distribuição e revenda, impostos e adição obrigatória de etanol anidro e biodiesel.