- Empresas estão em busca de diversificação de serviços;
- Magalu lança pacote de ferramentas para vendedores do marketplace;
- Carnê das Casas Bahia volta a ganhar força.
Buscando diversificar e atrair cada vez mais clientes, o Magalu e as Casas Bahia desenvolveram planos para oferecer serviços bancários. Confira o que cada empresa preparou.
Magalu
Nesta semana, o Magalu lançou um pacote de ferramentas financeiras voltada para os 90 mil vendedores que atuam em seu marketplace.
Entre os lançamentos estão três modelos de máquinas de cartão, uma conta Pessoa Jurídica e um sistema de crédito próprio. A empresa anunciou a novidade no evento Expo Magalu.
As maquininhas de cartão foram batizadas de MagaluPay e todos os modelos aceitam pagamentos via NFC (Aproximação). Elas operam sem o uso de bobina de papel e não é cobrado aluguel.
Os interessados podem adquirir as máquinas utilizando seu CPF ou CNPJ e contarão com um suporte dentro das lojas físicas da rede Magalu, inclusive de assistência técnica.
Para os microempreendedores que estão em busca de mobilidade, o modelo Mini é o mais indicado. Este modelo custa R$ 199. Já a maquininha Super é indicada para estabelecimentos maiores e custa R$ 299.
Por fim, o modelo Smart possibilita a venda de produtos do marketplace em lojas físicas. A maquina faz a atualização automática do estoque e emite o cupom fiscal. Este modelo custa R$499.
A rede anunciou também a criação de uma conta PJ gratuita. Através da plataforma criada em parceria com a Hub Fintech, os vendedores podem efetuar PIX sem limite, TEDs, depósitos de recebíveis e pagamento de boletos.
Por fim, a última novidade anunciada foi o sistema de crédito próprio. Através desta novo serviço, os vendedores poderão solicitar empréstimos para investir no negócio.
O sistema é 100% digital e a contratação do crédito pode ser feita em pouco tempo. Entre os benefícios oferecidos, estão a ausência de pedido de garantia, 60 dias para o pagar a primeira parcela e as taxas de juros competitivas.
Casas Bahia
A Via Varejo está trabalhando nos últimos dois anos para reformular todo o negócio da empresa e se tornar cada vez mais digital. A empresa viu em um de seus serviços mais antigos um grande caminho para o crescimento: o famoso carnê criado pelas Casas Bahia.
Agora, após 60 anos do lançamento do crediário pela varejista, ele volta a ser o serviço principal da expansão da Via Varejo que direciona o olhar para uma parcela de consumidores brasileiros que não possuem conta bancária. E que, podem virar clientes parcelando a compra de eletrodomésticos, entre outros produtos.
O carnê de papel no formato que é conhecido atualmente e que é entregue aos consumidores nas lojas, permanece e continua firme e forte como integrante da estratégia, pois a digitalização ainda não é uma realidade para todos.
De toda a receita da empresa, 33% é oriunda deste tipo de crediário. Deste total, metade é representado pelos carnês impressos.
É um número expressivo, porém antes da pandemia, a porcentagem era de 80%, o que mostra que as classes menos abastadas estão mais presentes no mundo digital.
“Na essência fomos a primeira companhia a conceder crédito. Temos um crediário próprio e isso nos dá a chance de penetrar em uma camada da população em que o cartão de crédito não chega”, disse o presidente da Via, Roberto Fulcherberguer, em entrevista ao Estadão.
O crediário, que por definição é originário das lojas físicas, a empresa lançou no ano passado, a versão digital. A modalidade é na verdade um empréstimo que a empresa concede aos clientes para compra de algum produto.
A compra pode ser parcelada em até 24 vezes. Isto faz com que mesmo os consumidores que não possuam crédito, consigam comprar.
A Via Varejo considera que o grande trunfo do carnê seja ele digital ou físico, é a fidelidade dos clientes. “Mais de 50% daqueles que compram no crediário voltam e muitos antes de terminar de pagar”, diz o presidente da Via.
Roberto diz também que o crédito concedido na vida digital do cliente, pode impulsionar o e-commerce e atingir novos públicos.
“O e-commerce responde por apenas 10% do mercado e principalmente nos grandes centros onde as pessoas têm um cartão no bolso”, diz o executivo.