Quem vai receber lucro bilionário pago no FGTS? Entenda todos os detalhes

No ano passado, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) teve um lucro de cerca de R$8,4 bilhões. Esse valor representa uma queda de 25,2% em relação ao lucro de 2019, que tinha somado R$ 11,324 bilhões. 

Quem vai receber lucro bilionário pago no FGTS? Entenda todos os detalhes
Quem vai receber lucro bilionário pago no FGTS? Entenda todos os detalhes (Foto: Reprodução/ Diario do Nordeste)

Um dos motivos da queda é principalmente a pandemia de covid-19, que resultou em aumento do desemprego e na realização de uma rodada de saque emergencial de até um salário mínimo para cada conta no ano passado.

O FGTS teve uma receita de R$ 33,4 bilhões e despesas de R$25 bilhões. Os ativos consolidados somaram R$ 33,4 bilhões e o patrimônio líquido, que são ativos menos as obrigações e atingiram R$ 113,1 bilhões. 

O Fundo de Investimento do FGTS (FI-FGTS), que financia projetos de infraestrutura, registrou patrimônio líquido de R$ 25,4 bilhões e rentabilidade de 4,6%.

Uma parte do lucro será distribuída para os cotistas do fundo de garantia. Em 2020, 66% do lucro foi distribuído aos trabalhadores.

Como posso obter o lucro?

O trabalhador só tem acesso ao lucro em caso de demissão sem justa causa, aposentadoria, compra de imóveis ou se foi optante do saque aniversário. 

Quem distribui o lucro?

A distribuição do lucro do FGTS é feito pela Caixa Econômica Federal, que  é responsável pela arrecadação do Fundo de Garantia. Com isso, coloca o valor na contra do trabalhador.

Apesar disso, o dinheiro não fica parado na conta do trabalhador. Uma parte do fundo é usada para a concessão de empréstimos para a compra de imóveis, investimentos em saneamento, obras de infraestrutura e outros.

A instituição recebe os juros dos empréstimos. Esses são considerados lucros e devem ser distribuídos aos trabalhadores. A distribuição dos juros recebidos começou em 2016, tendo o percentual alterado ao longo dos anos.

O que é o FGTS?

O FGTS é um fundo criado pelo governo federal, com a intenção de formar uma reserva de dinheiro para o trabalhador brasileiro.

Esse dinheiro é depositado mensalmente pela empresa em que o trabalhador está empregado e equivale a 8% do salário. Esse valor não pode ser descontado do trabalhador.

Recebem o benefício aqueles que são demitidos sem justa causa, por meio de conta ativa, do emprego atual ou inativa, de empregos anteriores.