Volta do Ministério do Trabalho pode ser bom para melhorar empregos no Brasil?

Governo Federal anuncia reestruturação em sua gestão. Nesta quinta-feira (22), o presidente Jair Bolsonaro informou que estará recriando o Ministério do Trabalho e da Previdência, inicialmente suspenso em sua gestão. A ação já conta com nomes para a liderança e busca atender objetivos específicos.

Volta do Ministério do Trabalho pode ser bom para melhorar emprego no Brasil? (Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Volta do Ministério do Trabalho pode ser bom para melhorar empregos no Brasil? (Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Se encaminhando para seu último ano de gestão enquanto presidente, Bolsonaro acaba de informar a recriação do Ministério do Trabalho.

A pasta, que já existia em demais governos, foi extinta pelo militar sob a justificativa de integração e desenvolvimento econômico. No entanto, com a pandemia do novo coronavírus os planos foram mudados.

Porque recriar o Ministério do Trabalho?

Analistas políticos afirmam que a decisão de Bolsonaro em criar um novo ministério tem como finalidade amenizar a tensão em torno do atual ministério da economia, que se tornou objeto central da imprensa no enfrentamento à covid-19.

Com uma equipe separada exclusivamente para debater as questões vinculadas à previdência e emprego, Paulo Guedes, atual ministro da economia, deverá atuar mais intensamente na aprovação de propostas como a reforma tributária.

É válido ressaltar que as mudanças em sua gestão não são recentes. Bolsonaro já tinha confirmado que realizaria uma reforma ministerial, trocando os seguintes ministérios: Casa Civil e Secretaria de Governo, ambas ligadas à Presidência da República, ministérios da Justiça e Segurança Pública, das Relações Exteriores e da Defesa e também da Advocacia-Geral da União (AGU).

Nova gestão

Segundo Bolsonaro, quem assumirá a liderança do ministério do trabalho será o atual ministro da Secretaria Geral, Onyx Lorenzon. Desse modo, Luiz Eduardo Ramos, atual chefe da casa civil, assumirá a secretaria geral.

“Ele mesmo [Paulo Guedes] concordou com tirá-lo dessa parte para passar para esse novo ministério. Dá uma descompressão no Paulo Guedes e deixa o Onyx para tratar dessa questão importantíssima [trabalho]”, disse o presidente.

Bolsonaro afirmou ainda que deverá manter o total de 23 ministérios, sob a aprovação do Banco Central. Isso significa que a consolidação da pasta de trabalho e previdência finalizará a reestruturação de sua equipe.

Não vai pesar em nada as finanças. Não vamos criar cargos, é apenas uma mudança de secretarias do Ministério da Economia para esse novo ministério”, explicou.

Ainda não há como saber se essa recriação será benéfica para a geração de vagas de emprego. Mas, com certeza, fará pressão para que o novo ministério haja com mais teor nas pautas de carreiras, regras trabalhistas e proteção aos trabalhadores.

Eduarda AndradeEduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.