Caminhoneiros anunciam nova greve neste final de semana. Diante dos altos preços da gasolina, classe de motoristas confirmam paralisação nacional neste domingo (25). A iniciativa tem como objetivo questionar o presidente Jair Bolsonaro sob as promessas não cumpridas para a categoria.
Há meses o clima entre os caminhoneiros e o governo federal vem se revelando instável. Em meados do mês de fevereiro, a classe anunciou uma tentativa de greve que foi contida pelo governo federal sob promessas de melhorias.
No entanto, até o momento nada foi realizado, motivando assim um novo movimento para paralisação.
O que pedem os caminhoneiros?
Entre os principais pedidos da classe, está a solicitação na redução do preço da gasolina que nesse momento vem sendo vendida por mais de R$ 6,0 o litro. Além disso, também foi prometido o fim do pagamento de pedágios para transportes sem carga e a efetivação do piso mínimo.
Quando anunciada a greve em fevereiro, Bolsonaro contou com o apoio da classe, renegociando os pontos acima, entre outros. De acordo com o presidente, a equipe econômica do governo estaria trabalhando para rever tais tratativas.
Sobre o preço da gasolina, ele afirmou ser de responsabilidade dos governadores que aumentaram o valor das taxações estaduais.
Caminhoneiros desacreditados
Diante do silêncio e esquecimento da pasta, a proposta de greve foi retomada. Conforme explica o presidente da Associação Nacional do Transporte no Brasil, nesse momento há um apoio maior, tendo em vista que “muitas entidades que na outra oportunidade foram contra a paralisação, dessa vez estão a favor. Viram que se não fizermos algo a categoria do caminhoneiro autônomo será extinta”.
Em entrevista ao UOL, Plinio Dias, presidente do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Carga (CNTRC), explicou que a insatisfação dos motoristas com o governo Bolsonaro vem crescendo cada vez mais.
“Tivemos uma reunião no dia 29 com o presidente da Petrobras, general Silva e Luna, para mostrar nossa preocupação com o preço dos combustíveis. Entregamos uma proposta, mas não houve retorno, nem chamado para outra reunião. O que tivemos desde então foi um novo aumento”.