Congresso recebe projeto que vai substituir o Bolsa Família em 2021

Pontos-chave
  • Governo solicita flexibilização orçamentário para implementação do novo Bolsa Família;
  • Ministério da Economia avalia criação de novos impostos para custear o projeto;
  • Regras de inclusão para 2021 ainda são mantidas.

Reformulação do Bolsa Família recebe proposta orçamentária no Congresso. Nessa semana, o governo federal enviou um projeto de lei que objetiva flexibilizar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) dos cofres públicos. A justificativa para tal decisão é a liberação de recursos para o custeio da consolidação de um novo projeto social.

Congresso recebe projeto que vai substituir o Bolsa Família em 2021 (Imagem: FDR)
Congresso recebe projeto que vai substituir o Bolsa Família em 2021 (Imagem: FDR)

Há mais de um ano o governo federal tenta implementar mudanças no Bolsa Família, mas encontra dificuldades devido ao teto de gastos determinado pelo Congresso.

Diante disso, a equipe econômica vem buscando por alternativas de modo que consiga enxugar e levantar novos recursos.

Reajuste na LDO

Enquanto não há uma proposta consolidada para resolver o problema orçamentário, o governo solicitou ao Congresso uma flexibilização na LDO. Isso significa dizer um pedido de abertura para ultrapassar o teto dos recursos públicos.

No texto do projeto, ainda em avaliação pelos parlamentares, foi sugerido um reajuste no limite dos gastos para poder assim custear o novo Bolsa Família. É válido ressaltar que, em caso de criação de um novo programa, obrigatoriamente o governo precisa compensar o aumento da receita.

Novo Bolsa Família 2021: O que Bolsonaro pretende fazer com pagamentos?

Criação de novos impostos

Diante da necessidade de aumentar a rentabilidade da união, o ministro da economia, Paulo Guedes, vem falando sobre a possibilidade de criar novos impostos. Ele espera que a consolidação do Bolsa Família turbinado se dê através da arrecadação fiscal tributária.

Para isso, Guedes sugere não só criar novas tarifas, como também defende o fim da isenção sobre dividendos.

“[A tributação de dividendos é uma] fonte muito bem-vinda do ponto de vista de justiça social. Taxar os super-ricos e financiar a redução de imposto para os assalariados e fortalecimento do Bolsa Família”, afirmou.

Ciente da proposta, o ex-presidente da Câmara, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) a intitulou de “contabilidade criativa”. De acordo com ele, a iniciativa pode gerar novos fundos para o governo.

Já o consultor de Orçamento da Câmara Ricardo Volpe, defende a proposta dentro das determinações legais, não podendo ser taxada como uma burla a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal).

“O importante é que haja a compensação. O que não pode é haver a aprovação do novo Bolsa Família e sem aprovar o outro projeto”, disse.

Orçamento do novo Bolsa Família

O novo projeto social do governo deverá gerar um custo de aproximadamente R$ 50 bilhões. Atualmente o Bolsa Família tem uma despesa anual de R$ 30 bilhões, contemplando cerca de 14 milhões de famílias.

Um dos motivos pelos quais a sustentabilidade do projeto será ampliada é o interesse do presidente, Jair Bolsonaro, de aumentar a média de mensalidades de R$ 190 para R$ 270. Além disso, o chefe de estado afirmou também que deseja aumentar o número de beneficiários para 17 bilhões.

Propostas do novo Bolsa Família

Congresso recebe projeto que vai substituir o Bolsa Família em 2021 (Imagem: FDR)
Congresso recebe projeto que vai substituir o Bolsa Família em 2021 (Imagem: FDR)

Quem pode ser beneficiário do projeto?

Pela atual legislação, são aceitas:

Cadastramento no Bolsa Família

Para poder se cadastrar o cidadão precisa ir até uma das secretarias sociais de seu município e se vincular ao cadastro único apresentando a seguinte documentação:

Documentos necessários para cadastro Bolsa Família 2021:

Para mais informações sobre o novo Bolsa Família acompanhe a nossa página exclusiva do projeto. Por meio dela você pode ficar por dentro de todas as decisões do governo na etapa de atualização de sua agenda social.

 

Eduarda AndradeEduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.
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