Nos últimos dias tem havido vários relatos sobre brasileiros que se recusam a tomar determinada vacina contra a Covid-19. Os motivos são vários, desde histórias de pessoas conhecidas sobre os efeitos da vacina atrelada à desinformação sobre o imunizante. E até mesmo, em virtude do ataque do Governo Federal contra fabricantes específicos.

Diante de tal recusa, várias prefeituras por todo o país passaram a ter mais uma preocupação além da aquisição e distribuição de doses o suficiente para suprir o calendário de vacinação. Os departamentos da Saúde têm se mobilizado para controlar e driblar este tipo de comportamento.
Para isso, a sanção que mais tem sido adotada é de requerer ao cidadão que recusar tomar determinada vacina contra a Covid-19, que assine um termo de responsabilidade. O qual também transfere o direito da dose que seria recebida por ele para a imunização de terceiros.
Além do mais, essa pessoa passará para o fim da fila de prioridade à vacinação, sendo convocado somente em caso de doses remanescentes. Veja a situação nas principais cidades brasileiras que já adotaram esta medida.
Recife (PE)
O prefeito de Recife, João Campos (PSB), informou que o munícipe que se recusar a tomar qualquer uma das doses da vacina contra a Covid-19, ficará impedido de ser imunizado pelo período de 60 dias. O controle será feito pelo portal Conecta Recife, por onde são feitos os agendamentos para a vacinação.
“Vacina boa é vacina no braço. É inaceitável atrasar o processo coletivo por querer escolher marca”, ressaltou.
Varginha (MG)
A Prefeitura de Varginha declarou que irá vacinar os cidadãos que tentam escolher qual vacina tomar somente quando todos os adultos com 18 anos ou mais concluírem o esquema vacinal com ambas as doses.
A administração municipal ainda proíbe a aplicação da segunda dose do imunizante se o cidadão não tiver recebido a primeira dose da mesma marca.
Curitiba (PN)
Em Curitiba, o vereador Márcio Barros (PSD) deseja implementar medidas similares. Neste sentido, ele protocolou um Projeto de Lei (PL) com o objetivo de aplicar uma sanção ao cidadão que quiser escolher qual dose da vacina tomar.
Ele sugere que esta pessoa seja encaminhada para o fim da fila de vacinação, e em casos extremos, seja obrigado a se cadastrar na xepa da vacina.