Quer escolher qual dose da vacina da COVID-19 tomar? Consequências são altas

Campanha de vacinação nacional atrasa devido escolha dos brasileiros. Enquanto os governadores estaduais negociam a chegada de novas doses de imunizante contra o novo coronavírus, parte da população se recusa a tomar alguns dos medicamentos. A ação, no entanto, deixa fortes impactos.

A luta contra o novo coronavírus vem sendo vencida em parte significativa dos países ao redor no mundo. No Brasil, no entanto, o cenário não é tão positivo, tendo em vista a dificuldade da população que vem escolhendo quais vacinas tomar.

Há muitos na negativa em serem imunes com as doses da Astrazeneca, criticando seus efeitos colaterais.

O que diz a ciência

Infectologista e diretor do Hospital Giselda Trigueiro, referência em Covid no Rio Grande do Norte, André Prudente explica que não há motivos para escolher o tipo de imunizante.

Segundo ele, a melhor vacina é aquela disponível para aplicação, uma vez em que a mesma já foi aprovada pelas representações nacionais e mundiais de saúde.

Em entrevista ao portal O Tempo, o profissional explica que a escolha dos brasileiros vem atrasando ainda mais o cronograma de vacinação, consequentemente ampliando o número de infectado pela doença.

E acaba fazendo com que a gente demore muito mais tempo para adquirir uma imunidade competente para impedir a transmissão do vírus em toda a sociedade brasileira”, contextualiza.

Epidemiologista, José Geraldo Leite reforça que não se deve recusar os medicamentos, alertando para os efeitos de tal decisão.

“Isso é lamentável. No Brasil, principalmente nas classes média e alta, perdemos qualquer sentido de coletividade. O individualismo predomina, desta vez completamente equivocado. Como não temos nenhuma vacina sobrando, se as pessoas continuarem a perder a oportunidade (de se imunizar), nossa cobertura vacinal não sobe. Se isso acontecer, o vírus vai continuar circulando, vai acometer os não vacinados e os vacinados com falha vacinal”, disse ao portal O tempo.

É válido ressaltar que atualmente apenas o estado do Maranhão vem imunizando pessoas acima dos 18 anos, porém parte significativa da população se negou a tomar a segunda dose. Muitos afirmam esperar pela Janssen, onde a imunização ocorre em uma única aplicação.

Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.