MP de privatização da Eletrobras pode pesar no bolso do brasileiro; por que?

Senado aprova privatização da Eletrobras e projeto é encaminhado para a Câmara dos Deputados. Nesta quinta-feira (17), a medida provisória que facilita a venda da maior empresa de energia elétrica da América Latina foi validada pelos parlamentares. Isso implica dizer que a população terá que pagar mais caro no consumo de luz.

MP de privatização da Eletrobras pode pesar no bolso do brasileiro; por que? (Imagem: Money Times)
MP de privatização da Eletrobras pode pesar no bolso do brasileiro; por que? (Imagem: Money Times)

A privatização da Eletrobras vem sendo debatida pelo governo Bolsonaro há meses. No entanto, com a pandemia do novo coronavírus o projeto foi temporariamente suspenso.

Porém, nas últimas semanas a pasta foi encaminhada para o Senado, contando com a aceitação dos representantes.

Entenda sobre a privatização

De acordo com a proposta, a empresa seria vendida para que houvesse uma flexibilização no orçamento da União. Atualmente, o governo federal é responsável por cerca de 60% das ações da Eletrobras, o que lhe dá o controle total da estatal.

A partir de sua venda, a participação da administração pública cairá para menos de 45%, o que significa uma redução nos gastos destinados a esse setor ao mesmo tempo em que haverá um grande ganho com a comercialização da marca.

Entre outros pontos, a proposta sugere:

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Como isso afeta a população?

Tornando-se majoritariamente privada, a Eletrobras poderá passar a cobrar mais caro pela distribuição de energia. Isso significa dizer que as distribuidoras estaduais e regionais terão que investir mais para garantir suas produções, ou seja, o consumidor pagará um valor mais alto.

Analistas econômicos alegam que se a venda da estatal for efetivada, as contas de energia nacionais terão um reajuste até o momento não visto na história. É válido ressaltar que sendo privatizada, o governo passa a não poder interver e pode implicar ainda no fim de projetos sociais como a Tarifa Social.

Na contrapartida, para justificar sua decisão, o presidente Jair Bolsonaro e sua equipe afirmam que sendo vendida a Eletrobrás poderá reduzir em até 7,36% o valor das contas de luz.

Porém, todas as entidades do setor elétrico afirmam que o cálculo não tem embasamento e que o impacto será negativo não só para a indústria como para a população.

Eduarda AndradeEduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.
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