- O óleo de soja continua sendo o item que mais sofreu aumento no preço de 2020 para este ano;
 - O IPCA acumulado nos 12 meses aumentou de 6,76% em abril para 8,06% em maio;
 - O óleo de soja é seguido pelo etanol que apresenta um acumulado de 65,24%.
 
TORITAMA, PE — Na última quarta-feira (9), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados da inflação no Brasil. O óleo de soja continua sendo o item que mais sofreu aumento no preço de 2020 para este ano.

A inflação é o aumento dos preços de produtos e serviços. Ela é calculada pelos índices de preços (índices de inflação). O IBGE é responsável por medir dois índices de preços: o IPCA e o INPC. O primeiro é considerado o oficial pelo governo federal.
O IPCA é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. Em abril o índice estava em 0,31%, passando para 0,83% no mês de maio. Diante disso, em apenas 30 dias a inflação aumentou 0,52%.
Segundo o IBGE, esse foi o maior aumento para o mês de maio desde 1996. Naquele ano, a inflação cresceu 1,22% entre um mês e outro. Diante desse cenário, o país mostra estar em uma situação econômica catastrófica.
Inflação acumulado e os principais vilões
O IPCA acumulado nos 12 meses aumentou de 6,76% em abril para 8,06% em maio. De acordo com os dados da pesquisa divulgada pelo IBGE, os principais “vilões” da inflação no mês passado foram as habitações e os transportes.

Isso ocorre devido ao reajuste da energia elétrica e à alta dos combustíveis, respectivamente. Mesmo com isso, o óleo de soja continua liderando a alta de preços. No acumulado em 12 meses o aumento no produto foi de 86,87%.
O óleo de soja é seguido pelo etanol que apresenta um acumulado de 65,24%. Dessa maneira, o combustível assumiu o segundo lugar que estava ocupado pelo arroz. Mesmo tendo perdido o pódio, o cereal acumulou alta de 51,83% em um ano e ficou em quinta posição.
Os aumentos maiores no acumulado de 12 meses, ao comparar abril e maio foram os combustíveis (47,49%) e as carnes (38%). No primeiro setor, a gasolina é a que teve a maior alta atingindo 45,80%.
Sobre as carnes, o músculo bovino aumentou 44,50%. Diante disso, tem desaparecido da mesa dos brasileiros que estão tendo que substituí-lo por itens mais baratos. Os principais afetados com esses aumentos é a população mais carente que precisa comprometer toda a renda para manter a vida de sua família.
Produtos com maiores altas
Além do óleo de soja e do etanol, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, os itens que mais sofreram com a inflação no acumulado de 12 meses foram o feijão fradinho (58,04%), óleos e gorduras (56,495) e o arroz (51,83%). Veja abaixo outros itens:
- Colchão: 50,63%;
 - Combustíveis (veículos): 47,49%;
 - Gasolina: 45,80%;
 - Músculo bovino: 44,50%;
 - Costela: 44,24%;
 - Lagarto redondo: 43,88%;
 - Peito: 43,19%;
 - Pá: 42,87%;
 - Acém: 40,61%;
 - Óleo diesel: 39,26%;
 - Patinho: 38,95%;
 - Lagarto comum: 38,62%;
 - Carnes: 38,00%;
 - Repolho: 37,74%;
 - Cereais, leguminosas e oleaginosas: 37,52%;
 - Contrafilé: 37,23%;
 - Chã de dentro: 36,70%;
 - Alcatra : 36,54%;
 - Material hidráulico: 36,29%;
 - Pimentão: 34,47%;
 - Picanha: 32,75%;
 - Cupim: 31,82%;
 - Carne de porco: 31,81%;
 - Carne de carneiro: 31,35%;
 - Feijão-preto: 31,26%.
 
Produtos com queda no preço
Segundo o IPCA, durante os últimos 12 meses, os principais itens que tiveram queda no preço foram a cenoura (-27,13%), a cebola (-25,14%), o transporte por aplicativo (-24,62%) e as passagens aéreas (-20,70%). Veja abaixo outros produtos do ranking:
- Batata-inglesa:- 18,36%;
 - Abacate:- 15,76%;
 - Tubérculos, raízes e legumes:- 14,00%;
 - Alho:- 11,78%;
 - Ônibus interestadual:- 10,12%;
 - Goiaba:- 8,09%;
 - Pepino:- 8,04%;
 - Farinha de arroz:- 6,66%;
 - Morango:- 6,40%;
 - Seguro voluntário de veículo:- 6,18%;
 - Tomate:- 6,03%;
 - Saia:- 5,62%;
 - Hospedagem:- 4,99%;
 - Artigos de maquiagem:- 4,98%;
 - Peixe-dourada:- 4,88%;
 - Ensino superior:- 4,74%;
 - Transporte público:- 4,72%;
 - Feijão-carioca (rajado):- 4,45%;
 - Conserto de televisor:- 4,36%;
 - Brinquedo:- 4,18%;
 - Pós-graduação:- 4,15%;
 - Manga:- 3,53%;
 - Peixe-pescada:- 3,51%;
 - Vestido infantil:- 3,14%;
 - Curso preparatório:- 2,92%;
 - Peixe-salmão:- 2,67%.
 
Inflação no Brasil e os impactos na economia
O aumento da inflação implica na diminuição do poder de compra da moeda. Com isso, é gerado um período de incertezas na economia do país. Nessa situação, os investimentos ficam desestimulados e prejudica no crescimento econômico do Brasil.
A inflação atinge a toda a população, mais é mais cruel aos menos favorecidos já que esse diminui o poder de compra já escasso. Este ambiente faz com que o dinheiro passe a valer menos, já que esse não acompanha as altas dos preços.
A inflação alta desestimula o investimento e a ampliação da capacidade produtiva. Com isso, as empresas e a economia não crescem. Os juros ficam mais altos para acompanhar o índice e o número de vendas ou prestações de serviços reduzem.




