Projeção do IPCA em 2020 cresce para 3,13% puxada pela alta nos preços de alimentos; confira os detalhes

Nesta terça-feira (17), foi divulgado pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia (SPE/ME) a revisão das projeções dos principais indicadores macroeconômicos. Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi indicada uma alta de 1,83% para 3,13%, com relação ao esperado para 2020. Para o ano que vem, a variação passou de 2,94% para 3,23%.

IPCA em 2020 teve projeção de aumento para 3,13% por conta da alta nos preços de alimentos
IPCA em 2020 teve projeção de aumento para 3,13% por conta da alta nos preços de alimentos (Imagem: Mehrad Vosoughi/Pexels)

Segundo o Boletim MacroFiscal da SPE, o principal fator para o aumento da projeção foi o preço dos alimentos. A inflação acumulada nos últimos 12 meses de alimentação no domicílio teve uma alta considerável, de 18,41% em outubro. Em março, a porcentagem havia sido de 5,06%.

“Contudo, o comportamento das demais categorias de produtos continua contribuindo de forma a manter a variação do índice geral dentro do intervalor de tolerância. Atualmente, a meta de inflação encontra-se em 4,0% ao ano, com intervalo de tolerância de ± 1,5 pontos percentuais”, indica o boletim.

Confome o relatório Focus, do Banco Central, as expectativas de mercado para o IPCA de 2020 é de 3,25%. Esta previsão aconteceu na divulgação deste mês. Na projeção de novembro do ano passado, era esperado que este ano registrasse 3,60%.

Para 2021, o último relatório indicou alta de 3,22%, ante 3,75% indicado na previsão do ano passado. Para o ano de 2022, a estimativa se manteve em 3,50%.

Outras projeções

Com relação ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), é esperado um aumento de 2,45% para 4,10% para 2020. Já para o ano que vem, a variação de alta foi de 3,08% para 3,20%.

Para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), foi projetado um crescimento de 13,02% para 20,98% neste ano. A estimativa para 2021 foi de 4,18% para 4,38%. O motivo apontado para a mudança foi a participação relevante dos produtos agropecuários.

Na coletiva de imprensa feita para a divulgação dos resultados, o secretário especial de Fazenda Waldery Rodrigues, afirmou que espera uma recuperação em “V” para diversos segmentos até o final do ano.

“E nos permitir ter uma perspectiva – em conjunto com programas de consolidação fiscal, equilíbrio fiscal, defesa das regras fiscais e, em particular, teto de gastos – de caminhar em direção a 2021 em um patamar mais próximo daquele que fizemos em 2019”, prossegue.