A Prefeitura do Rio de Janeiro planeja cortar o cartão alimentação para os estudantes da rede pública. O benefício está sendo pago devido o ensino remoto ocasionado pela pandemia de Covid-19 desde o ano passado.
O cartão alimentação pago pela Prefeitura do Rio de Janeiro é de R$ 54,25. O valor é depositado e tem como intuito substituir a merenda escolar durante a pandemia. Porém, segundo os vereadores, a alimentação escolar tem um custo menor para o município.
As aulas presenciais na capital carioca já retornaram quase que completamente. De acordo com Secretaria Municipal de Educação, 90% das escolas já estão funcionando. Dessa maneira, a secretaria informou que o cartão alimentação começará a ser substituído pela merenda escolar.
Sendo assim, os estudantes irão receber a merenda na escola, como era de costume. Essa é balanceada e preparada com a orientação de nutricionistas. Com isso, será possível reduzir os gastos do município.
O secretário de educação, Renan Ferreirinha, explicou, durante reunião na Câmara de Vereadores, que a cidade não possui mais recursos para bancar as despesas com o cartão alimentação.
Dessa maneira, a sugestão de Ferreirinha é parar com o pagamento ou, pelo menos, reduzir o valor pela metade. Isto é, pagar R$ 27 no mês de junho e parar de pagar no mês de julho.
Ferreirinha mostrou que os cartões custariam R$ 420 milhões em 2021. Para oferecer a merenda escolar o custo seria apenas de R$ 190 milhões. Dessa maneira, a despesa da prefeitura com a alimentação dos estudantes seria menos que a metade.
Os pais reclamaram da sugestão apresentada pelo secretário e afirmaram que o valor hoje pago já não é suficiente para alimentar as crianças. Sendo assim, diminuir para a metade só pioraria a situação.
Além disso, parte dos estudantes ainda não podem retornar as aulas presenciais e permanecem no ensino remoto. Os que retornaram não frequentam a escola todos os dias, pois é realizado um rodízio, com o intuito de manter o número reduzido em sala de aula e garantir o distanciamento social.
O vereador Paulo Pinheiro (PSOL) questionou como as unidades escolares vão recepcionar todos os estudantes e conseguir oferecer a merenda mantendo o distanciamento. O refeitório, segundo Pinheiro, é o local de maior contaminação, já que é preciso tirar a máscara para comer.