Governo federal emite alerta anunciando crise hídrica no Brasil. No dia 27 de maio, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico informou que o país deverá passar por um momento de racionalização de energia. O motivo da operação está relacionado ao longo período de estiagem que que inviabiliza o funcionamento das usinas hidroelétricas.
Enquanto a população lida com uma das maiores crises econômicas e sanitárias da história do país, uma nova preocupação deve chegar.
Na última semana foi anunciado que a consumação e distribuição de energia em todo o território nacional encontra-se ameaçada. Segundo o governo, há um ‘risco hídrico’ por falta de chuva.
Estiagem compromete abastecimento e distribuição nas hidroelétricas
De acordo com o Serviço Nacional de Meteorologia, as regiões Sudeste e Centro Oeste encontram-se em estado de alerta até o mês de setembro, sem previsão de chuva para o abastecimento das hidroelétricas.
O informe explica que a bacia no Paraná, responsável por parte significativa da distribuição hídrica nessas regiões, está cada vez mais seca. Desse modo, a Agência Nacional de Águas (ANA) passou a trabalhar para criar estratégias de redução na consumação.
Medidas de racionalização de energia
Ainda na semana passada, o governo federal confirmou que vem avaliando medidas para racionalizar o consumo de energia. Entre as propostas já em debate, há uma retomada na bandeira vermelha, tornando a conta de luz ainda mais cara.
Na contrapartida, o governo busca ainda por demais soluções que não afetem a população de baixa renda. Neste momento o principal desafio é tornar o racionamento uma realidade sem encarecer absurdamente o valor final das contas domesticas.
Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infraestrutura, explica que desde fevereiro o governo deveria ter passado a trabalhar na questão de redução do consumo de energia.
Ele relembra que com parte significativa da população em home office, mais período intenso de estiagem, as hidroelétricas tornam-se sobrecarregadas, podendo haver suspensão da distribuição.
“A matriz elétrica é muito refém do clima, em parte por falta de planejamento”, diz Pires. O especialista afirma desde 2009 o Brasil vem falhando no planejamento e demais ações que garantam a segurança energética do país.