Aprovado! Salário mínimo 2021 se mantém em R$ 1.100, após atraso no Congresso

Brasileiros não terão reajuste salarial em 2022. Nessa quarta-feira (26), a Câmara dos Deputados aprovou a medida provisória (MP) que determina o valor do salário mínimo para o próximo ano. Segundo o texto, o piso nacional deverá se manter em R$ 1.100, sem nenhum reajuste que leve em consideração a atual crise econômica.

Aprovado! Salário mínimo 2021 se mantém em R$ 1.100, após atraso no Congresso (Imagem: Reprodução/Jornal Contabil)
Aprovado! Salário mínimo 2021 se mantém em R$ 1.100, após atraso no Congresso (Imagem: Reprodução/Jornal Contabil)

O trabalhador brasileiro terá que arrumar outras fontes de renda para manter suas contas em dia em 2021. Mesmo com um dos maiores índices de crise econômica da história, o governo federal acaba de informar que não haverá acréscimo no salário mínimo.

O piso nacional permanecerá sendo ofertado por R$ 1.100, ficando abaixo atual inflação, que reajustaria o valor do piso para R$1.102,70. A decisão, no entanto, pode ser alterada até o fim do ano, caso a equipe do Ministério da Economia opte for refazer seus cálculos.

Impacto para a população

Diante da atual projeção, o principal efeito se dá no bolso daqueles que vivem apenas com um salário mínimo por mês. Pesquisas realizadas pelo Dieese mostram que a atual quantia de R$ 1.100 é 5 vezes insuficiente para sustentar uma família de ao menos 4 pessoas, garantindo direitos básicos como alimentação, saúde, educação e moradia.

Desse modo, sem reajustes financeiros e também sem previsão de uma retomada econômica, a população precisará fazer novos cortes e buscar por outros meios para garantir uma extensão de renda.

Atualmente, no estado de São Paulo, por exemplo, a cesta básica vem sendo comercializada por mais que R$ 1.000, o que significa o comprometimento total do atual piso nacional. Além disso, houveram acréscimos em cobranças como nas contas de luz e água em parte significativa do país.

Impacto nas contas do governo

É válido ressaltar que a decisão de não aumentar o salário mínimo traz uma série de benefícios ao governo federal, pois não modifica sua folha orçamentária. O piso nacional é utilizado para definir pagamentos vinculados do INSS, seguro desemprego, abono salarial, entre outros.

Ou seja, quanto maior for o reajuste do salário, mais altas são as despesas da união. Enquanto isso, o ministério da economia permanece concedendo o auxílio emergencial com um valor máximo de R$ 375, para auxiliar quem está fora até mesmo do piso nacional.

Eduarda AndradeEduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.