Brasileiros não terão reajuste salarial em 2022. Nessa quarta-feira (26), a Câmara dos Deputados aprovou a medida provisória (MP) que determina o valor do salário mínimo para o próximo ano. Segundo o texto, o piso nacional deverá se manter em R$ 1.100, sem nenhum reajuste que leve em consideração a atual crise econômica.
O trabalhador brasileiro terá que arrumar outras fontes de renda para manter suas contas em dia em 2021. Mesmo com um dos maiores índices de crise econômica da história, o governo federal acaba de informar que não haverá acréscimo no salário mínimo.
O piso nacional permanecerá sendo ofertado por R$ 1.100, ficando abaixo atual inflação, que reajustaria o valor do piso para R$1.102,70. A decisão, no entanto, pode ser alterada até o fim do ano, caso a equipe do Ministério da Economia opte for refazer seus cálculos.
Impacto para a população
Diante da atual projeção, o principal efeito se dá no bolso daqueles que vivem apenas com um salário mínimo por mês. Pesquisas realizadas pelo Dieese mostram que a atual quantia de R$ 1.100 é 5 vezes insuficiente para sustentar uma família de ao menos 4 pessoas, garantindo direitos básicos como alimentação, saúde, educação e moradia.
Desse modo, sem reajustes financeiros e também sem previsão de uma retomada econômica, a população precisará fazer novos cortes e buscar por outros meios para garantir uma extensão de renda.
Atualmente, no estado de São Paulo, por exemplo, a cesta básica vem sendo comercializada por mais que R$ 1.000, o que significa o comprometimento total do atual piso nacional. Além disso, houveram acréscimos em cobranças como nas contas de luz e água em parte significativa do país.
Impacto nas contas do governo
É válido ressaltar que a decisão de não aumentar o salário mínimo traz uma série de benefícios ao governo federal, pois não modifica sua folha orçamentária. O piso nacional é utilizado para definir pagamentos vinculados do INSS, seguro desemprego, abono salarial, entre outros.
Ou seja, quanto maior for o reajuste do salário, mais altas são as despesas da união. Enquanto isso, o ministério da economia permanece concedendo o auxílio emergencial com um valor máximo de R$ 375, para auxiliar quem está fora até mesmo do piso nacional.