Nesta quinta-feira (20), os trabalhadores da Petrobras Biocombustível (PBio) entraram em greve por tempo indeterminado. Esta paralisação acontece como forma de protestar contra a privatização da subsidiária. Além disso, os funcionários buscam a manutenção dos empregos.
Esta greve reivindica a manutenção dos empregos dos trabalhadores concursados da Petrobras Biocombustível. Os profissionais buscam a transferência interna dos concursados para outras unidades da estatal.
Este movimento acontece após o início do processo de venda da subsidiária por parte da Petrobras — que foi divulgado em julho do ano passado. A operação inclui as três usinas de biodiesel localizadas em Montes Claros (Minas Gerais), Candeias (Bahia) e Quixadá (Ceará).
Fazem parte da paralização atual as usinas de biocombustíveis de Montes Claros, Candeia, além da sede da empresa, no Rio de Janeiro.
De acordo com o coordenador do Sindipetro Minas Gerais, os profissionais ouviram, em 2019, uma falsa promessa de que seriam realocados em outras áreas do Sistema Petrobras em caso de venda da holding.
A Petrobras Biocombustível relatou que está ciente da intenção de realizar a greve. A companhia declarou que reconhece o direito a greve, mas alega que as motivações apresentadas podem caracterizar uma paralisação abusiva.
Ela argumenta que o pleito das entidades não preenche os requisitos legais para o exercício de greve.
A Companhia ainda informa que acontecerá a sucessão trabalhista com o desinvestimento da PBio. Sendo assim, a nota da estatal informa que os empregados permanecerão na empresa, que terá um novo operador.
A PBio foi fundada em 2008 e é uma das principais produtoras de biodiesel do Brasil. Atualmente, ela possui cerca de 150 trabalhadores.
Possíveis impactos pela privatização da subsidiária da Petrobras
Além de colocar o emprego dos funcionários em risco, a venda da subsidiária PBio incorpora outras pautas, segundo informado pelo Globo. A paralização leva em consideração os impactos ambientais, econômicos e sociais que a venda causará para as regiões onde as usinas estão instaladas.
No momento, a Petrobras já recebeu propostas de compra. No entanto, ainda não houve a decisão definitiva de quem terá a posse da subsidiária de biocombustíveis.