Auxílio emergencial 2021 pagas as contas? Veja o que dizem os brasileiros

Pontos-chave
  • A maior parte dos beneficiários do auxílio emergencial 2021 afirma que o valor não é capaz de bancar as despesas de uma família;
  • A Datafolha realizou uma pesquisa com os contemplados e apontou que 87% desses avaliam o benefício insuficiente;
  • Apenas 10% considera satisfatória e 3% acham mais do que necessário;

A maior parte dos beneficiários do auxílio emergencial 2021 afirma que o valor não é capaz de bancar as despesas de uma família. A Datafolha realizou uma pesquisa com os contemplados, e apontou que 87% desses avaliam o benefício como insuficiente.

Auxílio emergencial 2021 está dando conta? Veja opinião dos brasileiros
Auxílio emergencial 2021 está dando conta? Veja opinião dos brasileiros (Imagem: Marcos Rocha/ FDR)

A pesquisa da Datafolha foi feita entre os dias 11 e 12 de maio e indicou que nove a cada dez beneficiários apontam que o auxílio emergencial 2021 não está sendo suficiente. Com isso, apenas 10% considera satisfatória e 3% acham mais do que necessário.

Esse resultado está relacionado ao aumento no preço dos alimentos. A inflação disparou no ano passado, porém continua durante este ano. Por esse motivo, a baixa no valor das parcelas do auxílio só piorou o poder de compra das famílias em situação de vulnerabilidade social.

Auxílio emergencial 2020

No ano passado, o Brasil começou a enfrentar a pandemia de Covid-19. Com isso, o governo precisou adotar algumas medidas para que a população mais pobre pudesse enfrentar os impactos da doença.

Auxílio emergencial 2021 está dando conta? Veja opinião dos brasileiros
Auxílio emergencial 2021 está dando conta? Veja opinião dos brasileiros (Imagem: montagem/FDR)

Com isso, o Governo Federal anunciou o pagamento do auxílio emergencial, com início no mês de abril. A princípio, a proposta era pagar três parcelas no valor de R$ 600. Dessa maneira, os pagamentos iriam até o mês de junho.

Porém, com o avanço da doença e a fata de uma vacina ou tratamento, o auxílio foi prorrogado por mais dois meses. Dessa maneira, os beneficiários irão receber até o mês de agosto as parcelas de R$ 600.

No mês de setembro de 2020, o presidente da república, Jair Bolsonaro (sem partido), anunciou mais uma prorrogação por mais quatro meses. Porém, as parcelas extensão como foram conhecidas, teve uma redução no valor.

As parcelas foram de R$ 300 pagas até o mês de dezembro. Dessa maneira, só seria paga a quem começou a receber entre os meses de abril e julho. Além disso, muitos beneficiários do Bolsa Família que recebiam mais que os R$ 300 voltaram ao pagamento tradicional do programa de transferência de renda.

Em 2020, 67,9 milhões de brasileiros receberam o auxílio emergencial. Desse quantitativo, 14,6 milhões faziam parte dos beneficiários do Bolsa Família. Com as parcelas extensão, parte desses voltaram a receber o Bolsa.

A seleção dos beneficiários foi feita pelo Ministério da Cidadania, por meio dos dados informados no Cadastro Único para programas assistenciais do Governo Federal (CadÚnico).

A ajuda financeira foi destinada aos beneficiários do Bolsa Família, desempregados, autônomos, trabalhadores informais e microempreendedores individuais.

Além disso, era necessário atender a alguns critérios, como: ter mais de 18 anos ou ser mãe adolescente, não ter emprego formal, não receber benefícios do INSS e ter uma renda familiar mensal de até três salários mínimos, ou seja, R$ 3.135.

Auxílio emergencial 2021

Para este ano, o programa terá um orçamento de 44 milhões. Com isso, o número de beneficiários teve que ser reduzido. Para isso, foi necessário reestabelecer os critérios de seleção para o programa:

  • Ser trabalhador informal; ou
  • Beneficiário do Bolsa Família;
  • Ter renda familiar mensal de até três salários mínimos (R$ 3.300);
  • Ter renda familiar per capita mensal de até meio salário mínimo (R$ 550);
  • Ter recebido o auxílio emergencial no ano passado.

Além dessa mudança, o valor pago também teve mudança, passando a ser variável. As quatro parcelas garantidas pelo governo será de R$ 150, R$ 250 ou R$ 375. Dessa maneira, as pessoas que moram sozinhas receberão a menor parcela, de R$ 150.

As famílias compostas por mais de um integrante receberá R$ 250. Essa parcela não pode ser cumulativa, por isso, apenas um membro da família pode receber. O maior valor só será paga as mães, chefes de famílias monoparentais.

Calendário de depósitos do auxílio emergencial 2021

Nascidos em: Parcela 1 Parcela 2  Parcela 3  Parcela 4
Janeiro 6 de abril 16 de maio 20 de junho 23 de julho
Fevereiro 9 de abril 19 de maio 23 de junho 25 de julho
Março 11 de abril 23 de maio 25 de junho 28 de julho
Abril 13 de abril 26 de maio 27 de junho 1º de agosto
Maio 15 de abril 28 de maio 30 de junho 3 de agosto
Junho 18 de abril 30 de maio 4 de julho 5 de agosto
Julho 20 de abril 2 de junho 6 de julho 8 de agosto
Agosto 22 de abril 6 de junho 9 de julho 11 de agosto
Setembro 25 de abril 9 de junho 11 de julho 15 de agosto
Outubro 27 de abril 11 de junho 14 de julho 18 de agosto
Novembro 28 de abril 11 de junho 14 de julho 20 de agosto
Dezembro 29 de abril 16 de junho 21 de julho 22 de agosto

Calendário de saques e transferências do auxílio emergencial 2021

Nascidos em: Parcela 1 Parcela 2 Parcela 3 Parcela 4
Janeiro 30 de abril 8 de junho 13 de julho 13 de agosto
Fevereiro 03 de maio 10 de junho 15 de julho 17 de agosto
Março 04 de maio 15 de junho 16 de julho 19 de agosto
Abril 05 de maio 17 de junho 20 de julho 23 de agosto
Maio 06 de maio 18 de junho 22 de julho 25 de agosto
Junho 07 de maio 22 de junho 27 de julho 27 de agosto
Julho 10 de maio 24 de junho 29 de julho 30 de agosto
Agosto 11 de maio 29 de junho 30 de julho 1º de setembro
Setembro 12 de maio 1º de julho 4 de agosto 3 de setembro
Outubro 13 de maio 2 de julho 6 de agosto 6 de setembro
Novembro 14 de maio 5 de julho 10 de agosto 8 de setembro
Dezembro 17 de maio 8 de julho 12 de agosto 10 de setembro

Entre na comunidade do FDR e receba informações gratuitas no seu Whatsapp!

Glaucia Alves
Formada em Letras-Inglês pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Atuou na área acadêmica durante 8 anos. Em 2020 começou a trabalhar na equipe do FDR, produzindo conteúdo sobre finanças e carreira, onde já acumula anos de pesquisa e experiência.