Jovens desempregados podem ganhar auxílio de R$ 300 pagos pelo governo

Governo federal pode criar benefício para jovens nem-nem. Nessa semana, o Ministério da Economia informou estar trabalhando para validar um novo programa de extensão de renda. Intitulado de Bônus de Inclusão Produtiva (BIP), o projeto terá como público alvo trabalhadores informais e estudantes que estão fora da rede de ensino e sem emprego. Entenda.

Jovens desempregados podem ganhar auxílio de R$ 300 pagos pelo governo (Imagem: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)
Jovens desempregados podem ganhar auxílio de R$ 300 pagos pelo governo (Imagem: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)

Enquanto concede as mensalidades do auxílio emergencial, o governo federal parece estar trabalho para a validação de um novo projeto social.

De acordo com fontes internas do ministério da economia, há uma pasta objetivando liberar mensalidades entre R$ 200 e R$ 300 para os jovens ‘nem-nem’, aqueles que estão fora da escola e do mercado de trabalho.

Detalhes do programa

Até o momento seu texto não foi publicamente divulgado, mas o que se sabe é o interesse de conceder um auxílio financeiro intitulado de BIP. Os trabalhadores informais seriam os únicos contemplados, mas os jovens passaram a entrar na folha orçamentária, ganhando a possibilidade de inclusão no mercado de trabalho.

As informações já divulgadas garantem que as mensalidades de R$ 300 serão destinadas para a realização de cursos técnicos de modo que incentivem os jovens a terem empregos.

As empresas passariam a ofertar modalidades, como um estágio, garantindo que os contemplados passassem a atuar como profissionais.

Números dos jovens nem-nem no Brasil

Com a pandemia do novo coronavírus, o número de jovens fora das escolas e do mercado de trabalho foi amplificado.

De acordo com a última análise de dados, realizada entre 2012 e 2020, havia uma queda considerável nos índices de nem-nem. Porém as estatísticas passaram a subir ao longo dos últimos meses. No fim de 2020, 25% das pessoas entre 15 e 29 anos não estudavam e nem trabalhava.

Para muitos especialistas, parte significativa desse cálculo deve-se ao fato do fechamento das escolas públicas.

Em parte significativa dos estados nacionais, a rede de ensino municipal e estadual parou de funcionar mediante as medidas de distanciamento social e isolamento para contenção da covid-19.

Há ainda outro grupo que sem aula e precisando ajudar os familiares, passou a trabalhar informalmente, ficando fora dos registros do mercado de trabalho.

Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.