Veja o que muda na compra de aeroportos por iniciativas privadas no Brasil

Nesta semana, o governo federal retomou a agenda de privatizações que conta com a previsão de realização de três leilões de infraestrutura. Serão oferecidos para a iniciativa privada, entre os dias 7 e 9 de abril, 22 aeroportos, 1 ferrovia e 5 terminais portuários. 

Veja o que muda na compra de aeroportos por iniciativas privadas no Brasil
Veja o que muda na compra de aeroportos por iniciativas privadas no Brasil (Rovena Rosa/Agência Brasil)

A “Infra Week” como está sendo chamada pelo governo a semana de leilões, tem capacidade de garantir cerca de R$10 bilhões em investimentos para o Brasil, diz o Ministério da Infraestrutura.

A semana de leilões começa com o da concessão de 22 aeroportos, nesta quarta-feira (7), a partir das 10h, na sede da B3, em São Paulo. Na quinta-feira (8), será a vez do leilão da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol). Por fim, na sexta-feira (9), serão ofertados 5 terminais portuários no Maranhão e no Rio Grande do Sul.

Expectativas 

O Ministério da Infraestrutura espera promover mais de 50 concessões no setor neste ano, considerando somente as privatizações de aeroportos, rodovias, ferrovias e terminais portuários. No dia 29 de abril será realizado o leilão da BR-153/080/414/GO/TO, com previsão de outros R$ 8 bilhões de investimentos.

A projeção é leiloar ao longo deste ano, um total 129 ativos, considerando todos os projetos federais do programa federal de privatizações, que prevê ainda  a desestatização de 9 estatais em 2021. 

Segundo o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), considerando somente os leilões que já estão programados, são esperados R$ 59 bilhões em investimentos.

Leilões da semana 

Os 22 aeroportos do leilão de quarta-feira foram separados em três blocos:

  • Bloco Sul (9 aeroportos): Curitiba (PR), Foz do Iguaçu (PR), Navegantes (SC), Londrina (PR), Joinville (SC), Bacacheri (PR), Pelotas (RS), Uruguaiana (RS) e Bagé (RS)
  • Bloco Norte (7 aeroportos): Manaus (AM), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), Cruzeiro do Sul (AC), Tabatinga (AM), Tefé (AM) e Boa Vista (RR)
  • Bloco Central (6 aeroportos): Goiânia (GO), São Luís (MA), Teresina (PI), Palmas (TO), Petrolina (PE) e Imperatriz (MA).

Somados, estes aeroportos concentram 11% de todo o tráfego de passageiros no país, de acordo com a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

No total, o investimento nos três blocos atinge R$ 6,1 bilhões, sendo R$ 2,8 bilhões no Bloco Sul, R$ 1,8 bilhão no Bloco Central, e R$ 1,4 bilhão no Bloco Norte.

O vencedor de cada bloco terá de administrar todos os aeroportos que estão no lote.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.