Atrasado do INSS não saiu? Veja quanto você pode receber de indenização

Segurados do INSS com pagamentos em atraso têm direito a restituições. Se você está recebendo algum benefício previdenciário e teve o valor depositado após o tempo máximo do depósito, fique atento. A justiça esclarece que o cidadão tem uma série de direitos que devem ser cumpridos durante o processo de solicitação.

Atrasado do INSS não saiu? Veja quanto você pode receber de indenização (Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Atrasado do INSS não saiu? Veja quanto você pode receber de indenização (Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Os pagamentos do INSS estão entre os benefícios federais mais recorridos do país. Diante do grande fluxo de demandas e questões de inviabilização de serviço pela pandemia, há uma série de depósitos em atraso.

Para esse grupo é importante observar o tempo total do envio, que pode resultar em reajustes de valores.

De acordo com cálculos feitos pela Ieprev (Instituto de Estudos Previdenciários), normalmente a população vem esperando cerca de até seis meses para ter os benefícios em suas contas. O atrasado, no entanto, vem gerando uma despesa de aproximadamente R$ 39.972,38 ao INSS por cidadão.

Quanto posso ganhar pelo atraso?

A definição do valor é relativa e varia de acordo com cada caso. É preciso levar em consideração a quantia total atrasada, o tempo de espera e o histórico previdenciário do cidadão.

No caso de um segurado que tenha o direito de receber o teto previdenciário de R$ 6.433,57, o valor acumulado pode chegar na média de R$ 39.972,38, como mencionado acima. Confira abaixo uma simulação das rescisões de acordo com as médias salariais e período atrasado:

Simulação das rescisões

Benefício 6 meses 4 meses 2 meses
1.100 R$ 6.923,80 R$ 4.571,49 R$ 2.209,02
1.500 R$ 9.827,57 R$ 6.396,52 R$ 3.012,30
2.000 R$ 13.103,42 R$ 8.528,70 R$ 4.016,40
2.500 R$ 16.379,28 R$ 10.660,87 R$ 5.020,50
3.000 R$ 19.655,13 R$ 12.793,05 R$ 6.024,60
3.500 R$ 22.930,99 R$ 14.925,22 R$ 7.028,70
4.000 R$ 26.206,84 R$ 17.057,40 R$ 8.032,80
4.500 R$ 29.482,70 R$ 19.189,57 R$ 9.036,90
5.000 R$ 32.758,55 R$ 21.321,75 R$ 10.041,00
5.500 R$ 36.034,41 R$ 23.453,92 R$ 11.045,10
6.000 R$ 39.310,27 R$ 25.586,09 R$ 12.049,20
6.433,57 R$ 39.972,38 R$ 26.017,05 R$ 12.919,90

Fonte: Folha de São Paulo

Como funciona o pagamento retroativo no INSS?

A legislação do próprio INSS explica que o pagamento em atraso deve ser feito de forma retroativa. Ou seja, a contabilidade total passa a ser efetivada a partir do dia em que o benefício foi solicitado, aquilo que o órgão chama de entrada de requerimento.

Já o tempo total da avaliação fica a encargo do INSS. Ou seja, quanto maior a demora, mais alto será o valor a ser quitado. É importante ressaltar que cada benefício apresenta um tempo mínimo de espera, que varia entre 30 e 120 dias a depender do tipo de solicitação.

Eduarda AndradeEduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.