Nesta semana, o Banco Inter atingiu a marca de 10 milhões de clientes e já traça uma nova meta ousada. O banco tem a expectativa de encerrar este ano com cerca de 20 milhões de clientes, sendo 16 milhões de correntistas e 4 milhões de usuários do marketplace que será lançado para o público em geral em abril.
“Essa marca de 10 milhões de clientes é importante, mas ela não é um número isolado. O importante é tudo que está vindo junto, crescimento em depósitos, seguros, investimentos”, comemorou o presidente do banco, João Vitor Menin.
Menin diz que a pandemia do coronavírus reforçou o uso dos canais digitais e isto ajudou a elevar a base de clientes. “O boca a boca” dos clientes e a força da marca também ajudaram no resultado.
O Inter possui um NPS (métrica que a mede a satisfação dos usuários) bem elevado, de 80 pontos.
O presidente disse que o próximo grande passo do banco será a abertura do marketplace para o público em geral. Este passo aumentará o mercado endereçável. Menin já havia declarado no ano passado que o Inter não seria apenas uma instituição financeira.
Este movimento começou pela retirada do “banco” no nome ficando apenas Inter. O desejo é criar um ecossistema para atuar em todos os momentos do dia de uma pessoa.
No quarto trimestre, as receitas de intermediação financeira foram de R$ 299,062 milhões, com crescimento anual de 16,2%, enquanto as receitas de serviços ficaram em R$ 195,7 milhões, com expansão de 128%. Desse total, R$ 38,7 milhões vieram do marketplace, que ainda não havia começado a operar no quarto trimestre de 2019.
Porém, esta grande expansão na base de clientes teve um custo. Em 2020, o lucro do Inter foi de R$ 5,6 milhões, com queda de 93%. A razão da queda foi aumento nas despesas.
O retorno sobre o patrimônio (ROE) ficou em 0,2%. “O ROE vai ser baixo nos próximos dois, três anos. A gente poderia entregar um ROE muito maior, mas deixaria de crescer, oferecer mais produtos, inovar na plataforma”, disse Menin.
Por fim, o executivo avalia que os principais concorrentes do Inter são os outros players digitais disruptivos, como o Mercado Livre, Nubank, entre outros.