Nesta quinta-feira (18), o Ministério da Economia indicou Fausto de Andrade Ribeiro, o atual diretor da BB Administradora de Consórcios, para a presidência do Banco do Brasil. Fausto ocupará o lugar de André Brandão, que pediu renúncia da presidência do BB no mesmo dia.
O executivo indicado pela equipe econômica é presidente de subsidiária do Banco do Brasil desde setembro do ano passado. Ribeiro possuí passagens em diversos setores da estatal. Na mesma data da indicação, André Brandão havia apresentado carta de renúncia.
Além da presidência, Ribeiro ocupará o lugar de Brandão no conselho de administração do Banco do Brasil. O Ministério da Economia informou que o novo nome será encaminhado para análise do Comitê de Pessoas, Remuneração e Elegibilidade da Companhia.
Brandão ficará no comando da estatal até o fim deste mês. Segundo o estatuto social do banco, há determinação que o presidente do Banco do Brasil é nomeado pelo presidente da república.
Fausto de Andrade Ribeiro será o terceiro presidente do BB em menos de um ano. Brandão havia assumido o cargo do banco em setembro do ano passado, após a renúncia de Rubem Alves.
Conflito com o governo que resultou na mudança da presidência do BB
No início deste ano, o anúncio de uma reformulação no Banco do Brasil causou um desconforto de Jair Bolsonaro com Brandão, segundo O Globo. O plano de reestruturação apontava o fechamento de 361 unidades, entre agências, escritórios e pontos de atendimento.
Além disso, a proposta indicava a demissão voluntária para 5 mil funcionários. No fim de fevereiro, André Brandão colocou o cargo à disposição. Esta decisão havia sido uma semana após Bolsonaro optar pela troca no comando da Petrobras.
Na ocasião, o presidente do Brasil indicou um novo nome para ocupar o lugar de Roberto Castello branco. De acordo com O Globo, Brandão temia passar por um desgaste parecido.
Em meio a esta situação, foi pedido a Brandão que ele permanecesse no cago até a definição de um novo nome para o Banco do Brasil.
Por conta do apoio do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ele pretendia permanecer. No entanto, não houve manifestação pública de autoridades.