A próxima segunda-feira, 15, será marcada com o retorno das atividades escolares presenciais de forma hibrida. Mas as aulas na rede estadual do Paraná já geram discussão entre sindicatos e governo.
Vivemos um momento de aumento de casos em praticamente todo o país. No Paraná, as medidas mais severas de contenção chegaram ao fim. E, com isso, o governo estadual decidiu pela volta às aulas na rede estadual do Paraná de forma híbrida.
Volta às aulas na rede estadual do Paraná
Para a Secretaria de Estado da Educação (SEED), as aulas podem ser retomadas já que o ambiente escolar é seguro.
E, também, existe um trabalho em conjunto entre os órgãos de educação e de saúde para garantir esse retorno.
As escolas deverão seguir aquele protocolo já conhecido. Com higienização das mãos e dos ambientes, uso de máscara, manutenção da circulação de ar nos ambientes e do distanciamento de 1,5 metro entre as pessoas.
Por outro lado, a APP Sindicato, representante dos professores estaduais do Paraná, acredita que esse não é o momento ideal para as aulas presenciais serem retomadas. Tanto é que orienta a seus membros que não voltem às salas de aula.
A pedido do sindicato, o INPA emitiu uma nota técnica. Nela o órgão afirma não ser seguro esse retorno. E sugere que em Curitiba, por exemplo, seja adotado um lockdown mais severo por três semanas, pelo menos.
Além disso, o INPA afirma que o retorno só é seguro com 70% da população imunizada.
“Não somos contra as aulas remotas, mas sim contra o retorno das aulas presenciais neste momento. Nós entendemos que não temos estrutura para atender esses protocolos sanitários, temos um número de funcionários completamente insuficiente”, afirma o presidente da entidade, Hermes Leão.
Aulas na rede estadual do Paraná e ensino híbrido
Ensino híbrido é aquele em que há uma “mistura” de aulas virtuais e presenciais, geralmente os estudantes são divididos em grupos, enquanto um está no ambiente escolar o outro acompanha as aulas virtuais.
“o papel desempenhado pelo professor e pelos alunos sofre alterações em relação à proposta de ensino tradicional e as configurações das aulas favorecem momentos de interação, colaboração e envolvimento com as tecnologias digitais”, afirma Lilian Bacich, doutora em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano
No Paraná, o governo afirma que o retorno presencial não é obrigatório. Os pais ou responsáveis devem autorizar essa volta assinando um termo de compromisso.
No estado dois modelos podem ser adotados. Síncrono, em que o professor dá a mesma aula presencial e virtualmente. E híbrido junto com o Aula Paraná, nele o estudante vai à escola uma semana e na outra acompanha as aulas virtuais.
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