Reforma da Previdência fica ameaçada por ESTE serviço prestado por informais

Brasileiros que trabalham para serviços de aplicativos devem ficar atentos as regras do INSS. Com a reforma da previdência aprovada em 2019, a população passou a ter uma série de novas regras para garantir o direito a aposentadoria. Estudos revelam que para os mais jovens o desenvolvimento de tecnologias pode comprometer o sistema de contribuições.

Reforma da Previdência fica ameaçada por ESTE serviço prestado por informais (Imagem: Google)
Reforma da Previdência fica ameaçada por ESTE serviço prestado por informais (Imagem: Google)

A previdência social pelo INSS é um dos direitos concedidos os brasileiros que trabalham de carteira assinada. Durante muitos anos, parte significativa da população exercia suas atividades pensando no valor das contribuições que lhe garantiriam a aposentadoria.

No entanto, com o desenvolvimento de plataformas digitais que estimulam a criação de empregos informais, a previdência vem sendo ameaçada.

Para quem trabalha como motorista de app ou entregador, por exemplo, não há um sistema de contribuição efetivado, isso significa que a aposentadoria deixa de ser concedida.

Juventude não se vincula ao INSS

Analistas explicam que parte significativa dos novos trabalhadores estão optando por trabalhos informais. Há quem se vincule como MEI e consiga o direito a aposentadoria, mas também quem atue de forma totalmente autônoma o que significa que não há contribuições.

Pesquisador do Ipea, Aguinaldo Maciente explica que esse comportamento tem se tornado cada vez mais recorrente não só no mercado nacional.

— Esse não é um problema apenas do Brasil. Vários países estão debatendo isso: como estimular a contribuição previdenciária de pessoas jurídicas, MEI (microempreendedor individual), trabalhadores por conta própria. Como fica a situação de pessoas com renda mais esporádica? — disse Maciente, ressaltando que sua visão não reflete a do instituto.

População descoberta

Motorista de aplicativo, Guilherme Serra foi demitido no ano passado e passou a atuar de forma autônoma. Atualmente, vinculado a Uber, ele não contribui para o INSS, afirmando estar ciente da situação, mas não ter muita escolha.

Para ele, além de lidar com a desigualdade do mercado, há um grande desafio no que diz respeito a falta de capacitação profissional para poder competir a uma nova vaga.

O motorista explicou em entrevista ao jornal O Globo que há pessoas perdendo empregos por falta de educação básica, o que dificulta a assinatura da carteira.

— A evolução da educação brasileira não segue a velocidade da evolução tecnológica, e a pandemia agravou isso ainda mais, principalmente para os que estão saindo do ensino médio, técnico ou superior. Muitos estudos indicam que quando um jovem demora muito entre terminar seus estudos e conseguir um trabalho, há danos permanentes em sua trajetória laboral.

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Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.