A partir de hoje, 2, a Petrobras vai reajustar novamente os preços da gasolina. Este é o quinto aumento de 2021, representando uma alta acumulada de 41,3% desde janeiro. O reajuste parte da ordem de Roberto Castello Branco em seus últimos dias à frente da estatal para manter a paridade.
Em média, o preço de venda da gasolina da Petrobras para as distribuidoras será de R$ 2,60 por litro a partir de hoje, representando um aumento de R$ 0,12 por litro, ou 4,8%.
No caso do diesel, o preço médio de venda do combustível para as distribuidoras passa a ser de R$2,71 o litro, um aumento médio de R$0,13 por litro. É uma alta de 5,03%. Este combustível está em seu quarto aumento somente este ano. Sendo assim, já acumula uma variação de 34,1%.
O presidente Jair Bolsonaro teceu criticas a Roberto Castello Branco e afirmou que irá combater o “preço abusivo” dos combustíveis.
Este novo reajuste foi comunicado somente alguns dias após Bolsonaro informar que irá destitutir Roberto Castello Branco do comando da Petrobras. O presidente anunciou a decisão em 19 de fevereiro.
A troca foi motivada principalmente pela alta no diesel, que prejudica os caminhoneiros, categoria em que o presidente possui grande apoio.
Porém, Castello Branco permanece no cargo até que os acionistas da empresa aprovem, em Assembleia Geral Extraordinária, o nome do general Joaquim Silva e Luna, indicado por Bolsonaro para o cargo de Branco. A data da assembleia ainda não foi definida.
Gás de Cozinha
A partir de hoje também, a Petrobras passa a praticar um novo preço médio para o gás GLP (gás de cozinha) para as distribuidoras. O valor passa a ser de R$ 3,05 por kg (equivalente a R$ 39,69 por 13 kg), refletindo um aumento médio de R$ 0,15 por kg (equivalente a R$1,90 por 13 kg).
Os rumores davam conta de que a estatal iria aumentar os preços na última quinta, 25, após a divulgação do balanço financeiro, quando registrou lucro recorde no quarto trimestre.
Bolsonaro vem reclamando publicamente sobre a política de preços da Petrobras. Ontem (1), o governo baixou um decreto para elevar imposto sobre bancos e, desta forma, zerar R$ 3,6 bilhões de tributos sobre diesel e gás de cozinha.