A Mercedes-Benz está com 1 mil vagas de emprego abertas para atuar na fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista. A maioria é para contratos temporários, de seis meses a um ano, com possibilidade de renovação. Também há oportunidades para jovens aprendizes.
O número representa um acréscimo de 11,7% no quadro de funcionários da unidade, que conta com 8.500 trabalhadores.
O presidente da empresa no Brasil e na América Latina, Karl Deppen, explicou que o grupo confia está reforçando a produção de caminhões, apostando em uma melhora de mercado.
Vagas de emprego na empresa automotiva
A decisão pelos contratos temporários leva em consideração os desafios a serem enfrentados para a economia voltar a crescer, como plano de vacinação, reforma tributária e normalidade na cadeia de fornecedores. A Mercedes também enfrenta a falta de componentes.
A montadora não precisou parar a produção durante a período de crise, mas tem enfrentado problemas de logística, o que tem encarecido os processos de manutenção.
O aumento de preços do aço, ferro, borracha e plástico também tem afetado a cadeia de fornecedores.
Apesar disso, a Mercedes-Benz está mantendo o investimento de R$ 2,4 bilhões no Brasil, programado até 2022, segundo o presidente.
Do montante, R$ 800 milhões estão em andamento para serem aplicados em produtos, serviços, conectividade e sustentabilidade.
Os interessados nas vagas em aberto podem acessar o site da empresa e selecionar a categoria – aprendizagem, estágio, trainee e profissionais – para envio de currículo. A Mercedes também estuda adotar novas tecnologias desenvolvidas pela matriz alemã em caminhões e ônibus no Brasil.
A ideia é utilizar automóveis elétricos ou movidos a célula de combustível, quando o mercado aquecer. Para Deppen, o desafio para o país é a infraestrutura, pois será necessário encontrar soluções para trajetos urbanos e de longa distância.
Em 2020, a montadora foi líder nos segmentos de caminhões e ônibus, com participações de 31,6% e 46,7% no mercado total, respectivamente.
Para este ano, o grupo trabalha com previsões de vendas totais de 101 mil caminhões e 16 mil chassis de ônibus, com crescimento de 13% em relação a 2020.