A alteração feita pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, na gestão da Petrobras fez as ações da empresa despencarem. De acordo com o portal O Globo, na segunda-feira (22), houve uma desvalorização de mais de 20% com a anúncio do nome do novo indicado ao comando da estatal.
Quem usa parte do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para comprar cotas dos fundos FGTS-Petrobras está sim prejudicado. Em entrevista ao portal citado, especialistas pontuaram que a decisão de sair ou não do investimento deve está alinhado com o potencial de valorização futura da mesma.
“O investidor deve sair da renda fixa e ir para a renda variável quando acredita que mesmo a ação de uma empresa dará mais retorno no longo prazo que a renda fixa. Então, tudo depende do tempo que a pessoa tem para esse investimento e a sua perspectiva dele”, afirma Valter Police, planejador financeiro.
De acordo com o especialista, o momento não é de estabilidade e as oscilações podem afetar ainda mais aqueles que precisam do recurso a curto prazo.
“Em geral não é recomendado sair quando se tem uma grande força de queda, mas também não se deve ficar em renda variável quando se pretende usar os recursos no curto prazo”, explica.
Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos, considera que a situação envolvendo a Petrobras já passou do ponto para os investidores. Por isso, quem está dentro, deve avaliar se realmente quer sair, já que a queda já aconteceu e o futuro é incerto.
“Acredito que qualquer movimentação por conta do desgaste com a Petrobras já parece um tanto tardio. O ideal seria acompanhar como vai ser a condução da companhia agora. Usualmente, o mercado reage no começo de forma mais intensa do que o movimento se prova no final”, analisa.
“Agora é o momento do maior estrago, e olhando para o longo prazo, ainda não há nada que nos leve a achar que a Petrobras será uma empresa menos competitiva com as reservas do pré-sal que ela tem. E se a alternativa é ir para o FGTS, com retorno muito baixo, que não deve cobrir a inflação, é melhor ficar e não realizar a perda”, instrui Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da Nova Futura Investimentos.