Governo do Rio Grande do Sul publica decreto que restringe funcionamento do comércio

Na tarde desta segunda-feira (22), o governo do Rio Grande do Sul anunciou que irá manter o sistema de cogestão. Dessa forma, os municípios terão autonomia para adotar medidas que sejam equivalentes à bandeira anterior, imposta pelo estado.

Governo do Rio Grande do Sul publica decreto que restringe funcionamento do comércio
Governo do Rio Grande do Sul publica decreto que restringe funcionamento do comércio (Imagem/Reprodução Google)

Basicamente, seria assim: cidades que estavam classificadas em bandeira preta poderão utilizar os protocolos de bandeira vermelha. Já as que estão em bandeira vermelha poderão utilizar as medidas de bandeira laranja.

Mas isso será válido para municípios que tenham entregue um plano regional e que tenha sido aprovado pelo governo do estado.

Por que as mudanças com relação à bandeira?

Diversos setores econômicos do estado e associações municipais se reuniram com o governador, Eduardo Leite, no chamado comitê de crise. A ideia era discutir o assunto e definir quais medidas seriam tomadas e qual a participação dos municípios.

De acordo com Eduardo, o pedido por manutenção do sistema que dá autonomia de decisão para as prefeituras foi quase unânime.

“Alertamos para a gravidade que o estado está observando nas internações de leitos clínicos e da UTI. Se não há espaço para suspender a cogestão, fica aqui a eles o apelo que fiz na reunião: que façam cumprir os protocolos! As forças de segurança estão mobilizadas para apoiar todas as ações de fiscalização. É importante que haja a fiscalização de forma pedagógica, mostrando que há presença do poder público”, afirmou Leite, em transmissão ao vivo pela internet.

Ocupação das UTIs no RS

O estado possui 299 hospitais e o sistema de saúde do RS apresentou nesta segunda 86% de ocupação nos leitos de UTI. De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde (SES), desde o começo da pandemia, esse é o maior índice de ocupação no estado.

“Eram 933 leitos, fomos a mais de 2 mil leitos de UTI. O estado comprou respiradores, monitores cardíacos, camas. Distribuiu e continua levando a hospitais. Mas UTI não é apenas equipamentos. Antes de tudo, são recursos humanos, e eles são escassos. Eles precisam de especialização e atuam sob intensa pressão”, confirmou o governador.

O estado solicitou que haja uma fiscalização maior com relação a circulação desenfreada de pessoas, pois só assim é possível reduzir a quantidade de internações.

 

 

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