O Detran RJ (Departamento Estadual de Trânsito) está em greve. A paralisação que pode ir até a próxima segunda, 22, quando acontecerá uma nova assembleia para discutir o movimento, já prejudica quem precisa dos serviços do órgão.
É o caso de um morador de Comendador Soares, na Baixada Fluminense, que teve sua prova de direção desmarcada na véspera. E concedeu entrevista ao jornal Extra.
“Estou desde o ano passado nessa luta. Era para eu ter finalizado o meu processo com seis meses. Porém, com a pandemia foi só se estendendo. Agora é a greve. Minha prova era hoje. E, o pior, paguei o simulado na autoescola e agora sem previsão (de novo exame) pode ter sido dinheiro jogado fora”, reclamou o rapaz.
O que diz o Detran
Segundo o Detran RJ, parte dos serviços permanecem sendo realizados nos postos, pois o movimento é de servidores concursados e as empresas prestadoras de serviço e os comissionados não paralisaram os trabalhos.
Mas, o órgão reconhece que a greve prejudica diretamente a população, afetando serviços de identidade, habilitação e veículos, que já vinham de uma demanda acumulada em decorrência da pandemia.
De acordo com o órgão, a paralisação impacta também os mutirões que já atenderam cerca de 80 mil pessoas aos sábados.
O Detran segue e afirma que a Diretoria de Identificação Civil está operando normalmente, com 34 postos emitindo primeiras e segundas vias do documento de identidade.
A Diretoria de Habilitação também prossegue com as prestações de serviços em todos os postos, com exceção dos exames práticos e teóricos.
Por fim, a Diretoria de Registro de Veículos também tem mantém os postos em operação, segundo o Detran, porém com redução no atendimento de serviços que precisam de vistoria, como transferência de propriedade, transferências de município e de jurisdição.
O Sindicato dos Servidores do Detran RJ (Sindetran/RJ) informou que a greve teve adesão da maioria dos 2.300 servidores da ativa do órgão, sendo que deste total, 30% permanecem trabalhando para garantir a manutenção dos serviços essenciais, conforme diz a legislação.
A categoria reivindica melhores condições de trabalho e do atendimento ao público e o reajuste dos salários, que não são atualizados desde 2014.