A Prefeitura de São Paulo anunciou vagas de emprego para 5 mil mães de alunos de escolas públicas, ou moradoras de comunidades onde as unidades estão localizadas. As oportunidades são para monitoria escolar e o objetivo é auxiliar no cumprimento dos protocolos sanitários nas instituições.
A iniciativa é uma parceria das secretarias municipais de Educação e de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo e tem como foco a inserção das mães no mercado de trabalho.
As mulheres vão receber um benefício de R$ 1.155 por mês e o contrato será temporário, de seis meses.
Vagas de emprego para monitoria
As inscrições para as vagas anunciadas pela prefeitura terminaram ontem (17). Ao todo, foram mais de 12 mil inscrições nas unidades da rede municipal de ensino.
Cada escola deverá manter três mulheres selecionadas para o projeto. As aulas presenciais foram retomadas na segunda-feira (15).
A proposta é voltada para mulheres desempregadas e a carga horária será de 30 horas semanais de trabalho, divididas em 24 horas de atividades nas frentes de trabalho e seis horas em cursos de qualificação profissional. O investimento será de R$ 34,7 milhões, por meio do Programa Operação Trabalho (POT).
As mulheres admitidas devem ter entre 18 e 50 anos, morar na capital e estar desempregadas há mais de quatro meses. Também é preciso não receber benefícios como seguro-desemprego e não ter renda familiar superior à metade do valor do salário-mínimo.
De acordo com a pasta de Educação, as vagas serão distribuídas entre unidades educacionais espalhadas pelas 13 Diretorias Regionais de Ensino (DREs). Em toda a capital, pelo menos 530 das 4 mil escolas da rede não reabriram porque não têm funcionários de limpeza.
Outras 50 ainda passam por obras e não puderam reabrir. O secretário municipal da Educação, Fernando Padula, explicou que as chuvas e o excesso de burocracia atrapalharam a administração pública a organizar o retorno das aulas, após 11 meses de pandemia.
Para manter o ensino a distância, a prefeitura prometeu entregar 465 mil tablets com chips de internet para os alunos até dezembro do ano passado. O fornecimento dos aparelhos foi atrasado e agora está prometido para maio.