O MPT (Ministério Público do Trabalho) informou que a montadora Ford, que recentemente anunciou o fim das atividades no Brasil, só poderá realizar uma demissão em massa após o término das negociações coletivas.
Através de uma nota assinada pelo Grupo Especial de Atuação Finalística (GEAF) do MPT, os procuradores disseram que a Ford só poderá demitir seus funcionários após esgotarem todos os meios de discussão.
Na nota, o MPT, deseja esclarecer a liminar do desembargador Edilton Meireles de Oliveira Santos, da Justiça do Trabalho da 5ª Região (Bahia). De acordo com o GEAF, a liminar não tratou sobre dispensas em massa.
A decisão somente elucidou alguns pontos da sentença anterior da Justiça do Trabalho de Camaçari (BA), que havia determinado negociações com o Sindicato dos Metalúrgicos.
Segundo o MTP, a liminar autorizou a montadora a dispensar de forma individual os funcionários que tenham cometido justa causa e suspendeu a determinação de que a Ford apresente informações a respeito de toda a rede de contratos impactadas pelo fim das atividades no país.
A nota do GEAF diz também que as demais exigências, permanecem válidas. Segundo o Ministério Público do Trabalho, a ação que determinou as negociações coletivas tem como finalidade mitigar o impacto social e econômico do término da atividade da Ford no Brasil.
Em janeiro, a Ford anunciou o fechamento de todas as fábricas no Brasil, após 101 anos de atividade.
Parceria da Ford com o Procon garante peças aos consumidores
O Procon de São Paulo e a Ford Motor Company, assinaram um acordo no qual a empresa se compromete a manter a assistência ao consumidor no Brasil. Com operações de venda, serviços, assistência técnica, peças de reposição e garantia para seus clientes.
O acordo abrange todo o país e fica vigente durante toda a vida útil dos veículos vendidos pela marca.
“O acordo garante a tranquilidade de quem já possui um veículo da montadora ou que venha a adquirir um. Vale destacar que o acordo é válido para todo o Brasil”, disse o diretor executivo do Procon-SP, Fernando Capez.
A Ford comunicou em janeiro deste ano o fim de suas atividades produtivas no Brasil e o fechamento de suas duas fábricas em Camaçari (BA) e Taubaté (SP). Permanecem em operação somente o Centro de Desenvolvimento, na Bahia; o Campo de Provas, em Tatuí (SP); e sua sede regional, em São Paulo.