Estudos revelam que inflação vem diminuindo o ritmo ao longo das últimas semanas. Nessa semana, o Instituto de Pesquisa Econômica (Ipea) apresentou um novo relatório onde mostra as variações do mercado nacional. Segundo os dados, a conta de luz para a população de baixa renda ficará menor. Além disso, há outros valores em queda.
Um dos principais efeitos financeiros do novo coronavírus foi a forte crise econômica que vem afetado todo o país. Da classe baixa até a mais alta, a população vem sentindo o peso da inflação em uma série de serviços como alimentação e até mesmo na conta de luz. No entanto, conforme contabilizou Ipea, as próximas semanas podem ser positivas.
População de baixa renda tem conta de luz reduzida
Nos últimos 12 meses a inflação vem afetando fortemente a população mais pobre do país. Para esse grupo, houve um acréscimo de 6,20% nos valores de uma série de produtos e serviços.
Na conta de luz, porém, foi possível registrar uma deflação de 5,6% para as próximas semanas, o que significa que as cobranças poderão vir mais baratas.
Para quem vive de aluguel, há também boas notícias. A inflação caiu em 1,58% desde dezembro de 2020, alterando ainda o preço do botijão de gás e dos alimentos como: o arroz (baixou de 3,84% para 0,24%), carnes (3,58% para -0,08%), frango (2,75% para -0,07%), leite (157% para -1,35%) e óleo de soja (4,99% para -1,08%).
“Em janeiro, embora a pressão no preço dos alimentos ainda tenha sido registrada, esse impacto foi menor do que em dezembro. Onze dos 16 itens que compõem o subgrupo de alimentação apresentaram desaceleração da inflação“, disse o Ipea em nota.
Inflação para a classe média
No caso das famílias com renda mais alta, há também quedas, mas em 0,29%, logo após registrar 1,05% em dezembro de 2020. Isso implica dizer que nas contas de luz, por exemplo, não haverá uma redução considerável de preço. Já na gasolina, há indícios de reajuste em aproximadamente 2,17%.
“Além dos combustíveis, os reajustes de 0,66% dos planos de saúde e de uma série de serviços pessoais, como costureira (1,32%), depilação (1,28%) e cartório (7,82%), ajudam a compor esse quadro de desaceleração inflacionária menos intensa para as famílias mais ricas”, explicou o Ipea.
Para poder determinar tais números o Ipea utiliza seu indicador de inflação por faixa de renda, levando em consideração os valores registrados no IPCA e demais dados contabilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.