Em fevereiro, os contratos de aluguel vão sofrer reajustes anuais e correção pelo Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M). O que traz uma preocupação a mais para os inquilinos. De acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o principal indicador do reajuste imobiliário acumulou uma alta de
25,71% no período de 12 meses , entre fevereiro de 2020 e janeiro deste ano. Esse é o maior percentual registrado nos últimos 18 anos.
Por conta da pandemia, o momento agora é para que sejam feitas negociações que ajudem nesse processo.
De acordo com o vice-presidente de Gestão Patrimonial e Locação do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), Adriano Sartori disse que: “Neste momento, no meio da pandemia [do coronavírus], os proprietários estão dispostos a ouvir uma negociação porque se o inquilino sair vai ser difícil alugar de novo. Não querem correr esse risco”.
O inquilino deve primeiro ver em seu contrato se é pelo UGP-M e qual será a data estabelecida para o pagamento.
O segundo passo é entrar em contato com o proprietário do imóvel e ver a possibilidade de fazer essa negociação.
A advogada da Akamines Advogados e Negócios Imobiliários, Daniele Akamine, concorda que é legal fazer um acordo que pode alterar o índice de correção do IGPM para um que reflita a realidade.
Porém, o que mais vai pesar nisso é a boa relação que se estabelece entre as partes e os argumentos do inquilino, que vai ter vantagem se cumpriu bem com o seu papel nos últimos tempos.
O coordenador do IPC do FGV IBRE, André Braz acredita que “O proprietário precisa valorizar o bom inquilino, que paga em dia, mantém o imóvel em boas condições de uso e protege o local”
Nesta conversa é preciso avaliar o momento atual de todos, não só do proprietário e nem só do inquilino.
Parcelar reajuste no aluguel
Se o inquilino não conseguir arcar com o reajuste, ele pode propor o parcelamento em um período combinado.
A educadora financeira Cíntia Senna disse que “O parcelamento combinado entre as partes adiar um pagamento que será inevitável e ganha-se tempo para pensar em novos caminhos”.
Se a negociação não tiver resultados, uma solução é que o inquilino busque um outro local para morar.