Bolsonaro comemora fracasso da greve dos caminhoneiros e faz nova promessa

O presidente Jair Bolsonaro fará hoje, 5, uma reunião para discutir os “combustíveis no Brasil” e neste encontro, ele deve colocar em pauta possibilidades para reduzir o preço do diesel. Este tema é uma demanda dos caminhoneiros, que quase entraram em greve, o que causaria prejuízos à logística de abastecimento em todo o país.

Bolsonaro comemora fracasso da greve dos caminhoneiros e faz nova promessa
Bolsonaro comemora fracasso da greve dos caminhoneiros e faz nova promessa (Imagem: Isac Nóbrega/PR)

Bolsonaro avaliou que uma paralisação da categoria no cenário atual de crise, levaria o Brasil ao caos. O presidente agradeceu os caminhoneiros por não aderirem a greve que havia sido anunciada no último fim de semana.

“O Brasil não pode parar. Não podemos esquecer que a tal da pandemia ainda existe. Se bem que alguns números não são confiáveis”, disse o presidente, em discurso realizado na cerimônia de entrega de obra pública em Cascavel, no Paraná, na manhã de ontem.

Mais uma vez, Bolsonaro colocou os números das pandemia em dúvida, porém não apresentou dados que comprovassem sua fala.

O presidente diz que a cobrança do ICMS é um dos pontos mais importantes a serem discutidos. Ele diz que o tributo possui “um valor em cada estado” e “varia de hoje para amanhã”.

Este sobe e desce causa um impacto direto na alta dos preços dos combustíveis. “Temos que viver na base da previsibilidade. Se não, fica difícil de se programar. Essa questão de combustível tem que ser tratada dessa maneira”.

A reunião deve acontecer agora pela manhã e é relacionada com os caminhoneiros, Uber, taxistas e quem tem carro particular. Bolsonaro pretende fazer questionamentos no evento.

Em meio as reclamações dos caminhoneiros, categoria que concentra um grande número de apoiadores de Bolsonaro, o presidente havia afirmado que estava em discussão a possibilidade de reduzir o PIS/Cofins que recai sobre o diesel.

Esta seria uma das possibilidades para baixar os preços cobrados “na ponta da linha”, ou seja, nas bombas. Ele, porém, afirmou que a medida teria um impacto fiscal notável e que “a solução não é fácil”.

Mesmo que o presidente queira realizar um movimento favorável aos caminhoneiros, ele não pode alterar o preço dos combustíveis, pois este segue as leis de mercado e é calculado com base em diversos fatores.

Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.