O que explica alta no preço do botijão de gás em todo Brasil?

Preço do botijão de gás registra alta histórica. Em janeiro, o combustível utilizado para a cozinha chegou a ser comercializado por R$ 75,77. Mediante a esse valor, foi possível registrar um encarecimento de 9,24% no país, de acordo com o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). No texto abaixo, saiba o principal motivo dos reajustes constantes.

O que explica alta no preço do botijão de gás em todo Brasil? (Imagem: Google)
O que explica alta no preço do botijão de gás em todo Brasil? (Imagem: Google)

A manutenção do botijão de gás, tradicionalmente utilizado nas famílias de baixa renda brasileira, vem sendo um motivo de dificuldade. Desde o início de 2020 o produto vem mensalmente tendo o seu valor atualizado, com aumentos 4% a mais que a atual média da inflação.

Motivo para o encarecimento do gás

Uma das principais razões para que o combustível fique tão caro está diretamente relacionada com a Petrobras. Desde 2019 a empresa vem realizando constantes reajustes nos preços do gás sem que haja uma periodicidade definida.

Isso significa que, a qualquer momento a empresa pode fazer novos aumentos com a finalidade de atender aos seus interesses a partir da variação do mercado. Quando as cotações do petróleo e do dólar mudam, a Petrobras automaticamente encarece o botijão.

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Anteriormente a esse período, todas as correções eram feitas a partir da média de cotação dos últimos 12 meses, o que apresentava uma maior estabilidade para o consumidor.

Somente no início de janeiro deste ano o gás teve um aumento de 6%, ficando R$ 35 mais caro que os últimos nove meses. Esse valor, no entanto, é destinado para as refinarias que por consequência acabam fazendo comercializações mais caras afetando o cidadão.

Impactos do novo coronavírus

Outro cenário que deve ser observado também são os impactos econômicos da covid-19. Com a pandemia, diversos setores do país passaram a viver um clima de instabilidade financeira. Na área de distribuição e consumo de combustíveis não seria diferente.

Quanto maior o custo para o pequeno vendedor, diante das taxações da Petrobrás e das refinarias, maior será a cobrança para o consumidor que vá adquirir seu produto. A previsão é de que ao longo de todo o ano, diante da atual inflação, a população precise pagar mais caro para ter o gás em casa.

Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.
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