Anos após a tragédia em Brumadinho, um acordo fechado entre a Vale e o governo de Minas Gerais decidiu que as famílias atingidas pelo desastre receberão o auxílio emergencial por quatro anos. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (4).
Na negociação, ficou definido que serão investidos R$ 37 bilhões. O valor pedido anteriormente era de R$ 55 milhões. Com o novo valor, a vale deverá investir em:
- Novo Anel viário
- Investimento em hospitais regionais
- Obras para garantir segurança hídrica da região metropolitana
- Saneamento básico nos municípios da bacia do rio Paraopeba
- Reforma do Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, em Belo Horizonte
- R$ 1 bilhão reservado para estradas
- Auxílio emergencial para 110 mil pessoas, durante quatro anos
O pronunciamento dos envolvidos
A informação foi divulgada através das redes sociais. O procurador-geral do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Jarbas Soares Júnior, anunciou através do Twitter o resultado do acordo.
“O maior acordo da história se dá em 2 ações do MPMG e 1 do estado, e não incluem as ações penais, os danos desconhecidos e os direitos individuais. Respeito aos atingidos e ao povo de MG”, escreveu sobre o “acordo milionário” fechado na ocisão.
O Governo de Minas também se posicionou e disse, por meio de nota, que “foi possível definir, em tratativas realizadas nas últimas horas, os termos financeiros para as Medidas de Reparação aos danos socioeconômicos e socioambientais causados pelo rompimento da Barragem de Córrego do Feijão, em Brumadinho”.
Também por meio de nota, enviada ao G1, a Vale informou que:
“A Vale confirma o teor da Nota Oficial divulgada há pouco pelo Governo de Minas Gerais, o Ministério Público de Minas Gerais, o Ministério Público Federal e a Defensoria Pública de Minas Gerais sobre um possível acordo global para a reparação aos danos socioeconômicos e socioambientais causados pelo rompimento da Barragem de Córrego do Feijão, em Brumadinho.
A Vale também confirma que “foi marcada audiência para a próxima quinta-feira (4/2) para entendimentos finais e possível assinatura do Termo de Reparação, com investimentos e ações com foco nas regiões atingidas e sua população”.