A data indicada pela categoria para iniciar uma nova greve dos caminhoneiros está se aproximando. A medida tem como objetivo cobrar do governo federal o cumprimento das promessas feitas à categoria, como redução do preço do diesel.
A greve dos caminhoneiros deve acontecer no dia 1º, porém com a categoria dividida. Dentro dos grupos usados para se comunicarem é possível perceber que não há um consenso e que, mesmo não tendo cumprido todas as promessas para a categoria, o presidente ainda possui muitos apoiadores.
Os profissionais estão apoiados pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística, filiada à Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas e o Sindicato das Indústrias de Petróleo.
Porém, há uma parcela que não concorda, pois a princípio a movimentação era com o intuito de abaixar o preço dos combustíveis e das peças dos caminhões. Porém, está sendo arquitetada por uma causa sindicalista, com o intuito de colocar a culpa no atual presidente do país.
Diante disso, os caminhoneiros que são apoiadores de Bolsonaro estão deixando de apoiar a greve. No grupo do WhatsApp, comentou-se sobre várias entidades e sindicato do setor, “Isso é sindicalista, é PT, querendo pôr os caminhoneiros em brigas deles”.
Na quarta-feira (27), o presidente pediu que os motoristas adiassem a greve, pois estava analisando alternativas para diminuir o PIS/Cofins e assim reduzir o preço do diesel, porém, que precisa de tempo para conseguir realizar a medida nada fácil.
Há algum tempo que o grupo já se movimenta para realizar uma greve, devido a diversas insatisfações e promessas não cumpridas por parte do governo, porém, o que desencadeou a decisão foi o reajuste de 4,4% no preço médio do diesel nas refinarias na última terça-feira.
Diante disso, a categoria está dividida e mesmo com o apelo de Bolsonaro, parte dos caminhoneiros pretende aderir à paralisação na próxima segunda-feira. Um dos líderes da paralisação realizada em maio de 2018, Wallace Landim, também concorda que o presidente não cumpriu com promessas de campanha.
Landim, que é presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores, explica que, pela falta de compromisso com as promessas realizadas à categoria, apoia a paralisação.