De acordo com o Sebrae, os pequenos negócios atingiram o menor nível de inadimplência em operações de crédito em oito anos, de 3,3%. Esse dado inclui microempreendedores individuais (MEIs), microempresas e empresas de pequeno porte.
No ano passado a inadimplência dos pequenos negócios em operações de crédito atingiu o nível mais baixo, segundo o Sebrae. Desde 2012 o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas realiza o estudo.
A inadimplência entre as empresas de pequeno porte ficou em 2,8%, sendo essa o nível mais baixo. O nível mais alto foi identificado entre Microempreendedores Individuais, com 5,6%. As microempresas apresentaram um nível de 5,1%.
Esse percentual foi identificado com base em dados do Banco Central e constatou uma média no nível de inadimplência em operações de crédito, entre esses três tipos de empresas, de 3,3%. Com isso, esse foi o nível mais baixo desde o início da série.
Segundo o Sebrae, uma das causas para esse resultado foi a implementação dos programas de incentivo ao crédito para empreendedores, como o Fampe e Pronampe. Os dois programas geraram quase R$ 40 bilhões em empréstimos no último ano.
O Pronampe é o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte criado pelo Governo Federal.
Tem como intuito o desenvolvimento das microempresas e empresas de pequeno porte oferecendo crédito, pagos em 36 meses, para serem usados como investimento e/ou capital de giro.
O Fampe é o Fundo de Aval para as Micro e Pequenas Empresas criado em parceria entre a Caixa Econômica Federal e o SEBRAE. O seu objetivo é facilitar o acesso dos empreendedores a financiamento de capital de giro, que devem ser pagos em entre 24 a 36 meses.
O presidente do Sebrae, Carlos Melles, afirma que os dois programas foram um “oxigênio” para que os empreendedores pudessem respirar mais aliviados durante esse momento mais crítico gerado pela pandemia de Covid-19 e seus impactos na economia
Durante esse período em que o país está enfrentando o novo Coronavírus fez com que as os pequenos negócios tivessem uma perda média de faturamento de até 70%. Porém, com a retomada gradual das atividades, esse percentual caiu para 39% no mês de novembro.