Greve dos caminhoneiros vai acontecer dia 1º de fevereiro? Governo tem resposta!

A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA),que até a semana passada minimizou as chances de uma greve nacional de caminhoneiros, mudou o discurso nesta terça-feira (26), depois da Petrobrás aumentar o preço médio do diesel nas refinarias em 4,4%, na primeira alta do combustível fóssil em quase um mês.

Greve dos caminhoneiros vai acontecer dia 1º de fevereiro? Governo tem a resposta
Greve dos caminhoneiros vai acontecer dia 1º de fevereiro? Governo tem a resposta (Imagem: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Caso a entidade apontasse antes o movimento grevista que estava previsto por alguns grupos para o dia 1º de fevereiro como algo com poucas chances de acontecer, estão falando em aumento da insatisfação dos condutores de caminhões.

Para elevar ainda mais a temperatura, os petroleiros resolveram aderir à uma eventual paralisação da próxima semana.

Apesar disso, o governo insiste que o movimento não está sendo aderido.

Um dos interlocutores do Executivo disse que em condição de anonimato, que a categoria não está mobilizada e que a safra está aquecida até meados de abril e maio, o que diminui as chances dos caminhoneiros pararem.

Além disso, ponderou que,ao contrário de 2018, no ano em que houve uma longa paralisação por todo o país, não há adesão das grandes transportadoras nem de setores do agronegócio.

A mudança do CNTA veio junto com o anúncio da Petrobras. Com o reajuste nos combustíveis,o diesel vai passar a ser vendido às distribuidoras de combustíveis pela petroleira pelo preço médio de R$2,12 por litro.

De acordo com o assessor- executivo da CNTA, Marlon Maues disse que vinha acompanhando as tratativas do governo junto a Petrobras e que a sugestão da entidade era que não houvesse alterações no preço do combustível “no maior tempo possível”.

Ele disse ainda que a informação vinha do governo até sexta-feira (22), que não teria reajuste no preço do diesel.

Com o aumento, os representantes veem um aumento nas chances de uma paralisação, já que o diesel representa 40% e 50% do custo de um caminhão e o reajuste não é compensado com o valor do frete.

Mesmo ponderando que este não é o momento ideal para uma greve por conta da pandemia do novo coronavírus e a situação econômica do país, Maues disse que a categoria não recebeu bem o aumento do custo para abastecer os caminhões.