Após ameaçar uma nova greve, o governo federal incluiu os caminhoneiros no grupo prioritário para a vacinação do covid-19. A presença desse novo grupo de profissionais aconteceu após uma atualização do plano nacional de imunização, enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Conforme o documento enviado pela Advocacia-Geral da União na quinta-feira (21), o Ministério da Saúde contabiliza 1,24 milhões de caminhoneiros como potenciais alvos do plano de vacinação. O grupo prioritário passa a ter 77,2 milhões de potenciais pessoas no país.
A inclusão dos caminhoneiros aconteceu em meio a um movimento de insatisfação da categoria e ameaça de greve. Com a decisão, a Confederação Nacional do Transporte (CNT) afirma que a medida aconteceu após uma reivindicação.
O presidente da confederação, Vander Costa, destaca a importância deste público para o desenvolvimento do Brasil. Apesar de comemorar a decisão, a CNT ressalta que ainda aguarda a definição do cronograma de vacinação da categoria na pasta.
Segundo o Ministério da Saúde, os profissionais de transporte fazem parte do grupo prioritário, que é dividido em fases.
Após a liberação das vacinas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o escalonamento dos grupos para a vacinação será de acordo com a disponibilidade das doses da vacina.
A Anvisa aprovou na semana passada o início da vacinação de uso emergencial. O plano nacional prevê mais de 354 milhões de doses de vacinas garantidas para este ano.
Outros profissionais de transporte inclusos no grupo prioritário da vacinação do covid-19
O Ministério da Saúde publicou na última segunda-feira (18) o informe técnico com a inclusão dos profissionais de transporte como parte do grupo prioritário para receber a vacina. Além dos caminhoneiros, foram inclusos na lista de prioridade:
- portuários — incluindo trabalhadores da área administrativa;
- funcionários das companhias aéreas nacionais;
- funcionários de empresas metroferroviárias de passageiros e de cargas;
- funcionários de empresas brasileiras de navegação;
- motoristas e cobradores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso.
Para que esses trabalhadores possam se vacinar, será preciso comprovar, por meio de documentação, que possuem vínculo ou fazem parte desses grupos.
O Ministério da Saúde ficará responsável pela parte da logística e data para início de vacinação.