Taxa SELIC será definida hoje (20) com previsão de manter 2%; entenda impactos

O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, se reúne hoje (20) pela primeira vez no ano de 2021, para definir o nível da taxa básica de juros. Esta é a primeira reunião do ano do Comitê e de acordo com a expectativa dos analista do mercado financeiro, a Selic deve continuar na mínima histórica de 2% ao ano. Saiba mais.

Taxa SELIC será definida hoje (20) com previsão de manter 2%; entenda impactos
Taxa SELIC será definida hoje (20) com previsão de manter 2%; entenda impactos (Imagem: Mediamodifier/Pixabay)

Se a expectativa do mercado se concretizar, esta será a terceira vez seguida que a Selic será mantida neste patamar. O anúncio do Banco Central será por volta de 18h30.

A definição da Selic acontece em meio à alta de preços das “commodities”, que são os produtos com cotação internacional (petróleo, minério de ferro e soja, por exemplo) e à valorização do dólar, a moeda norte-americana. Esses fatores pressionam a inflação no início de 2021.

Porém, a economia demonstra um desaquecimento no início deste ano na comparação com o registrado no último semestre de 2020.

A atividade econômica mais fraca neste primeiro trimestre tem relação com o fim do auxílio emergencial do governo federal, diz os economistas.

Como o valor da taxa Selic é definido

O Copom fixa a taxa Selic com base no sistema de metas de inflação, mirando no futuro já que as decisões levam de seis a nove meses para apresentarem um impacto pleno na economia.

Para 2021, a meta central é de 3,75%, porém o IPCA pode ficar entre 2,25% a 5,25% sem que a meta seja oficialmente descumprida. Para o ano que vem, a meta central é de 3,5% e será oficialmente cumprida se o índice ficar entre 2% a 5%.

Nos ano passado, por conta dos pelos preços dos alimentos, o IPCA somou 4,52%, acima do centro da meta para o ano, que era de 4%, porém dentro do intervalo de tolerância. Foi a maior inflação anual desde o ano de 2016.

O que dizem os economistas

Diante do baixo desempenho da atividade econômica no início de 2021, mesmo com pressões inflacionárias resultantes da alta das “commodities”, os economistas dos bancos procurados pelo Banco Central, em pesquisa semanal, avaliam que os juros começam a subir apenas a partir de agosto. A previsão é de que a taxa termine o ano em 3,25%.

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Paulo AmorimPaulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.
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