Fim do auxílio emergencial e aumento do Covid-19 desamparam 48 milhões de brasileiros

Na terça-feira (29) a Caixa Econômica fez o último depósito do auxílio emergencial para os beneficiários do Ciclo 6. Os saques desse grupo e do Ciclo 5 seguem até o dia 27 de janeiro de 2021.

Fim do auxílio emergencial e aumento do Covid-19 desamparam 48 milhões de brasileiros
Fim do auxílio emergencial e aumento do Covid-19 desamparam 48 milhões de brasileiros (Imagem: Leonardo de França)

Com o fim do auxílio emergencial quase 50 milhões de brasileiros terão que enfrentar o próximo ano sem a ajuda financeira, e com o aumento de casos por Covid-19 em todos os estados.

O Covid-19 chegou ao país no mês de março e fez com que a doença se espalhasse de forma rápida em todo o Brasil. Com isso, o Presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), instalou no país a quarentena.

No mês seguinte começou a pagar o auxílio emergencial para a população mais carente e atingida pela doença, como beneficiários do Bolsa Família, desempregados, autônomos e microempreendedores.

A princípio, o governo estipulou o pagamento de três parcelas de R$ 600, porém, com o descontrole da doença esse pagamento foi prorrogado por mais dois meses. No mês de setembro o presidente anunciou mais uma prorrogação.

A prorrogação foi de mais quatro parcelas, porém com o valor reduzido para R$ 300. Esses pagamentos ficaram conhecidos como parcelas extensão e deveriam ser pagas até dezembro. Dessa maneira, só seria paga a quem começou a receber entre os meses de abril e julho.

Além disso, muitos beneficiários do Bolsa Família que recebiam mais que os R$ 300 voltaram ao pagamento tradicional do programa de transferência de renda. Diante das novas regras, muitos contemplados tiveram o pagamento do auxílio cancelado.

Na terça-feira (29), 3,2 milhões de brasileiros recebem o último pagamento do benefício e, com isso, o país fica com 48 milhões de desamparados. Para piorar a situação, os casos de Covid-19 só vêm aumentando em todo o país.

Atualmente o Brasil acumula mais de 7,5 milhões de casos confirmados da doença e ultrapassa 191 mil mortos. Diante disso, os estados estão retrocedendo nas restrições sociais e voltando a fechar o comércio e proibindo eventos.

Muitos trabalhadores iniciam o ano de 2021 sem trabalho ou sem poder trabalhar e sem nenhuma ajuda financeira para arcar as despesas da família. Mesmo assim, a equipe econômica não pretende prorrogar, mais uma vez, o benefício.

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Glaucia Alves
Formada em Letras-Inglês pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Atuou na área acadêmica durante 8 anos. Em 2020 começou a trabalhar na equipe do FDR, produzindo conteúdo sobre finanças e carreira, onde já acumula anos de pesquisa e experiência.