Depois da projeção para a inflação, que vai corrigir os benefícios previdenciários, ter um salto de 2,4% para mais de 4% em 2020, o teto da aposentadoria paga pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) vai sofrer um reajuste. O valor saí de R$ 6.101,06 para R$6.351,20 no próximo ano.
Apesar disso, se aposentar com esse valor ficou mais difícil depois da Reforma da Previdência, para ter direito a receber esse valor é preciso ter realizado mais de 40 anos de contribuição.
De acordo com a projeção da Conde Atuarial, essa regra que está em vigor vai exigir 42 anos para mulheres e 47 anos de pagamentos para os homens, isso para alcançar o teto da aposentadoria.
Hoje, os valores pagos para os segurados são revisados todo o ano com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
A elevação na projeção da inflação é por conta da cesta que compõe o INPC, que é repleta de itens muito presentes na mesa dos brasileiros, como arroz, feijão e tomate.
A alta nos preços desses produtos fazem com que a taxa de inflação tenha oscilação, de acordo com Vaner Corrêa, que é conselheiro do Conselho Regional de Economia da 17ª região (Corecon-ES).
Como atingir o teto da aposentadoria?
De acordo com o advogado e especialista em direito previdenciário e do trabalho, João Eugênio Modenesi Filho, que os segurados que desejam atingir o teto é preciso que todas as suas contribuições desde julho de 1994 sejam feitas com base no teto.
É preciso ainda cumprir outras regras estabelecidas pela reforma da previdência, que a cada 2 anos de contribuição aumenta-se 2 pontos percentuais no benefício pago.
Rafael Vasconcelos, que é advogado especialista em direito previdenciário, alerta que chegar ao teto não é fácil, principalmente depois da reforma, que foi aprovada em novembro do ano passado.
Antes os segurados pegavam os seus salários de julho de 1994 até a aposentadoria e excluía 20% dos salários menores e fazia sua média salarial com os 80% dos maiores. Na nova regra, são usados todos os salários do contribuinte.