Após projeções de R$1.079, o governo federal enviou ao Congresso Nacional a previsão de R$ 1.088 para o valor para o salário mínimo em 2021. Apesar do aumento em relação ao ano de 2020, onde o valor é de R$ 1.045, o salário mínimo de 2021 não terá um aumento real.
A estimativa leva em conta a projeção do Ministério da Economia para o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) de 2020, de 4,11%.
Durante o mês de abril, quando enviou a PLDO (Proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias), o governo estimava que o salário mínimo ficaria em R$ 1.079 em 2021. Porém, a inflação acima do esperado obrigou o governo Bolsonaro a rever o valor.
Apesar das previsões, o salário mínimo 2021 só deverá ser confirmado no início de janeiro, quando o governo terá os dados consolidados da inflação de 2020.
O reajuste do salário mínimo acaba influenciando nos valores pagos a uma série de benefícios sociais e trabalhistas, entre eles podemos citar:
- BPC (Benefício de prestação continuada)
- Saque aniversário do FGTS
- Abono salarial PIS/Pasep
- Aposentadorias e pensões do INSS
- Auxílio-doença INSS
- Salário-maternidade INSS
Previsões para o salário mínimo em 2022 e 2023
No mesmo documento enviado ao Congresso, o governo divulgou previsões do valor do salário mínimo até o ano de 2023, considerando estimativas da inflação. Pela primeira vez na história, o valor poderá ultrapassar R$1.100.
- Projeção para o salário mínimo 2022: R$ 1.123 (INPC acumulado de 3,5%)
- Projeção para o salário mínimo 2023: R$ 1.163 (INPC acumulado de 3,4%)
O que significa aumento real do salário mínimo?
O trabalhador brasileiro recebe, em média, um ajuste salarial ao ano. Já o preço dos alimentos, produtos e serviços consumidos pelos cidadãos sofrem alterações no decorrer do ano, o nome disso é inflação.
Ou seja, um salário mínimo com aumento real, é um salário que tem reajuste acima da inflação. Em casos de aumento real do salário, há também um aumento no poder de compra dos trabalhadores.
Um outro ponto importante a ser compartilhado, é que, quanto maior for o reajuste com aumento real, maior será o reflexo nas férias, no décimo terceiro, no FGTS e na seguridade social.