Depois de o presidente Jair Bolsonaro acusar o presidente da Câmara de não votar a 13º parcela do programa Bolsa Família, Rodrigo Maia (DEM-RJ) mostrou reação. O deputado retomou a pauta da Medida Provisória (MP) que fala sobre o pagamento do auxílio emergencial.
Maia chamou o presidente Bolsonaro de “mentiroso”, e colocou em pauta para hoje (18) a medida provisória do auxílio emergencial.
Com isso, a articulação política do governo trabalha para reverter o cenário e convencer Maia a tirar esse item da pauta.
O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR) disse que o relatório não está pronto e precisa estar disponível 24 horas antes, logo ele acredita que o item não deve ser votado hoje.
Porém, continua trabalhando junto com o Planalto para que Maia retire da pauta de vez, para que a MP não seja discutida na segunda-feira (21).
Nesta quinta-feira (17), em live, o presidente Jair Bolsonaro disse que Maia foi o responsável por travar a análise da medida provisória do pagamento do 13º do Bolsa Família, neste ano de 2020.
“Eu conversa com parlamentares, que não atrase as pautas que via para lá. O 13º do salário do Bolsa Família. Não teve esse ano porque o presidente da Câmara deixou caducar. Cobra do presidente da Câmara”, disse Bolsonaro.
Resposta de Rodrigo Maia a Bolsonaro
De acordo com o governo, Maia está “retaliando” o presidente, depois de sua declaração, ao pautar a MP do auxílio.
Como não foi definida uma fonte de financiamento para o projeto, o governo quer retirar o tema da pauta e afirmou que não há acordo com os partidos para votar a MP.
A medida provisória do auxílio emergencial tem sido cobrada de partidos de oposição. O benefício hoje paga R$300.
Antes disso, o valor das parcelas era de R$600 e os partidos de esquerda querem que esse valor seja retomado.
A equipe econômica está preocupada que a votação dessa MP abra brecha para uma prorrogação do auxílio emergencial no próximo ano, já que o pagamento acaba em dezembro.
O auxílio foi criado para amenizar os impactos da pandemia causada pelo novo coronavírus. Voltado para os brasileiros que acabaram perdendo o emprego ou ficando sem trabalhar neste período.