Presidente do BC incentiva investimento nas vacinas e dispensa de auxílios

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou que investir em vacinas contra a covid-19 é mais barato que prolongar programas emergenciais, como o auxílio emergencial. A declaração aconteceu em um fórum com investidores internacionais, nesta terça-feira (15).

Presidente do BC incentiva investimento nas vacinas e dispensa de auxílios
Presidente do BC incentiva investimento nas vacinas e dispensa de auxílios (Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Campos Neto indicou que o país está fechando novos acordos para obter a vacina. “Agora é uma corrida para ver quem tem a vacina mais cedo, como pode fechar a logística de distribuição”, destaca.

“Isso muda todos os dias, mas eu acho que investir na vacina agora é mais barato do que prolongar as transferências diretas, e planos como esses. Estamos concentrando nisso e é o que o mercado está focando”, prossegue.

Sobre o aumento de casos do coronavírus, ele afirmou que a economia nacional pode sofrer impacto no início de 2021. Por conta desse crescimento, diversos países no mundo estão aumento a restrição, como forma de atenuar a situação.

A questão levantada por Campos Neto é qual o impacto que isso causará no crescimento do PIB no primeiro trimestre do próximo ano. Segundo ele, o mercado estava na fase de deixar de falar dos incentivos. A nova fase seria para abordar mais sobre como seriam as dinâmicas das vacinas.

“A questão é como isso vai se desenvolver, uma vez que você vê um numero maior de casos e restrição da mobilidade, que vai causar, de alguma forma, uma desaceleração da atividade no primeiro trimestre”, enfatiza.

Apesar disso, ele ressaltou que os gastos para lidar com a pandemia foram necessários. No entanto, seria precisar passar uma mensagem ao mercado de que há o interesse de retornar ao controle das despesas.

Medidas do governo para a vacina

Nesta quarta-feira (16), o governo anuncia um plano de vacinação para o combate da covid-19. Neste plano, há divisão em dez eixos. Estes eles, o projeto de inclusão de descrições sobre a população-alvo  e o esquema logístico para a distribuição.

Por meio de três acordos, segundo o plano, o governo federal assegurou 300 milhões de doses da vacina. Os acordos seriam com Fiocruz-AstraZeneca, Covax Facility e Pfizer.

Silvio SuehiroSilvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.